Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
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Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sex Nov 02, 2012 9:12 pm
Relembrando a primeira mensagem :
Those who are still on the world
And then someday when we can believe that we can meet from this day and on, without change we can move on if the door closes, we'll get used to being apart the smoke of you will become the cloud that becomes the rain
They are wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links] | Time: 19:45/07:18 | Notes: BEACH TIME!
- Como sempre, você pegou muita comida - comentei para Haruka. Deveria ter, sei lá... comida para umas 5-6 pessoas na sacola que ele segurava. Nós nos sentamos em um banco e observamos a neve cair pelo patio deserto.
- Sim! Há muitas coisas novas na cantina, sem falar na maquina de vendas que colocaram - o menino disse, pescando alguma coisa lá de dentro. Melonpan, pelo o que eu pude adivinhar. Eu peguei um doce parecido da sacola e o examinei.
- Você vai conseguir comer tudo?
- ... eu não sei - pelo menos ele era sincero. Mesmo assim, sempre que eu saia com Haruka, me dava vontade de chorar e eu me sentia culpada. Alguns anos atrás, eu sabia bem pouco sobre a sua doença: as únicas informações que eu tinha era que a dele era bem pior que a minha e que um ataque poderia ser fatal.
Depois que eu havia descoberto que estávamos na mesma condição... bem, eu havia ficado bem irritada. A mesma doença. Aparentemente, as mesmas causas. Mesmo assim, ele poderia morrer a qualquer instante enquanto eu provavelmente tinha uma vida longa e feliz pela frente.
Bem, não tão feliz assim. Ao perceber que Haruka notará a expressão no meu rosto, eu desviei o olhar.
- Então... pegue o que você quiser! - ele comentou, sorrindo. Eu estava meio distraída, então demorei um pouco para perceber que ele falava comigo.
- Ahn... Ah! Ah, sim! - eu peguei um saco de balinhas de dentro da sacola e peguei uma bala de goma azul - Ei, amanhã... amanhã vamos nos encontrar na mesma sala como sempre, ok? Vamos nos sentar juntos, estudar juntos e conversar juntos, como sempre fizemos...
- Eu não posso prometer nada - ele me lembrou. Eu mordi o lábio e o encarei, irritada - Desculpa, Takane...
- Não diga isso nessa calma! - briguei com ele, irritada. Eu odiava aquilo: como ele podia simplesmente aceitar a morte, desse jeito - Ainda estamos vivos, não é? Podemos fazer alguma coisa!
Ele acariciou os meus cabelos. Eu estava corada de raiva, vergonha e frio, mas o encarava com uma determinação... bem, diferente. Da primeira vez que havíamos tido aquela conversa, eu havia chorado.
Não que a minha situação houvesse mudado muito desde então. Eu ainda era a mesma garotinha de antes.
Haruka sorriu.
- Takane, enquanto eu puder... enquanto eu puder, eu sempre estarei ao seu lado. Não pense no que vai acontecer quando eu não conseguir mais estar aqui, por favor.
Eu senti um aperto no coração naquele instante. Sinceramente, eu estava dividida: parte de mim queria socar aquele sorriso triste dele. Outra parte, queria abraça-lo como ele havia feito muitas vezes comigo e falar que aquilo não era o suficiente, que eu queria que o idiota ficasse ali para sempre.
Mas grande parte de mim queria simplesmente chorar. Eu abaixei a cabeça.
Se o mundo é um lugar como esse, então é melhor simplesmente... !
O telefone de Haruka deveria ter tocado pela milésima vez naquela manhã. Logo, eu cometeria um homicídio culposo e doloroso se o idiota não atendesse o telefone. Massageei a testa, tentando me acalmar.
Eu ia matar aquele cara.
O celular chamou até quase cair quando ele finalmente atendeu. Eu quase dei noticias animadoras para ele, do tipo "Ah, onde você está? Estou indo ai para te matar agora mesmo!", mas me contive.
- Bom-dia - consegui escutar a voz sonolenta dele. Bati a testa contra a parede.
- Onde você está? - voltando ao plano do assassinato...
- Ah, na cama, por q...
- HARUKA!
- Ah! Ah... eu estou acordado! Juro...! Zzz...
- SEU IDIOTA! - gritei, irritada - Francamente, era para já estarmos nas docas... se arrume e me encontre no portão!
Os planos eram para que eu e Haruka viajássemos hoje. Eu havia sugerido passarmos as nossas férias no colégio mesmo, mas a minha avó havia aparecido com aquelas duas passagens para o Caribe e meio que não havia como recusar, principalmente quando elas eram de graça e para comemorar meu aniversario.
Havia tido uma pequena guerra interna minha contra meus avós depois: eles eram absurdamente ricos e haviam se oferecido para pagar uma estadia em um resort de luxo para nós, mas eu havia recusado até a última fibra do meu ser. Ir para as Bahamas? Ok: estávamos no inverno e fora de temporada, as passagens eram baratas. Ficar no hotel mais luxuoso do lugar? Sem chances.
Por fim, acabamos alugando uma pequena casa na praia com quatro quartos por uma semana. Haviam mais algumas pessoas que iriam ficar no lugar, o que me fazia me sentir um pouco melhor: viver uma semana com Haruka me assombrava.
Olhando para o passado agora, talvez eu devesse ter recusado as passagens, ou aceitado o hotel luxuoso da minha avó. Talvez eu devesse ter acordado um pouco mais tarde. Tudo para perder aquela viajem.
Eu não tinha a minima ideia de como a minha vida mudaria na semana do meu aniversario.
- Sim! Há muitas coisas novas na cantina, sem falar na maquina de vendas que colocaram - o menino disse, pescando alguma coisa lá de dentro. Melonpan, pelo o que eu pude adivinhar. Eu peguei um doce parecido da sacola e o examinei.
- Você vai conseguir comer tudo?
- ... eu não sei - pelo menos ele era sincero. Mesmo assim, sempre que eu saia com Haruka, me dava vontade de chorar e eu me sentia culpada. Alguns anos atrás, eu sabia bem pouco sobre a sua doença: as únicas informações que eu tinha era que a dele era bem pior que a minha e que um ataque poderia ser fatal.
Depois que eu havia descoberto que estávamos na mesma condição... bem, eu havia ficado bem irritada. A mesma doença. Aparentemente, as mesmas causas. Mesmo assim, ele poderia morrer a qualquer instante enquanto eu provavelmente tinha uma vida longa e feliz pela frente.
Bem, não tão feliz assim. Ao perceber que Haruka notará a expressão no meu rosto, eu desviei o olhar.
- Então... pegue o que você quiser! - ele comentou, sorrindo. Eu estava meio distraída, então demorei um pouco para perceber que ele falava comigo.
- Ahn... Ah! Ah, sim! - eu peguei um saco de balinhas de dentro da sacola e peguei uma bala de goma azul - Ei, amanhã... amanhã vamos nos encontrar na mesma sala como sempre, ok? Vamos nos sentar juntos, estudar juntos e conversar juntos, como sempre fizemos...
- Eu não posso prometer nada - ele me lembrou. Eu mordi o lábio e o encarei, irritada - Desculpa, Takane...
- Não diga isso nessa calma! - briguei com ele, irritada. Eu odiava aquilo: como ele podia simplesmente aceitar a morte, desse jeito - Ainda estamos vivos, não é? Podemos fazer alguma coisa!
Ele acariciou os meus cabelos. Eu estava corada de raiva, vergonha e frio, mas o encarava com uma determinação... bem, diferente. Da primeira vez que havíamos tido aquela conversa, eu havia chorado.
Não que a minha situação houvesse mudado muito desde então. Eu ainda era a mesma garotinha de antes.
Haruka sorriu.
- Takane, enquanto eu puder... enquanto eu puder, eu sempre estarei ao seu lado. Não pense no que vai acontecer quando eu não conseguir mais estar aqui, por favor.
Eu senti um aperto no coração naquele instante. Sinceramente, eu estava dividida: parte de mim queria socar aquele sorriso triste dele. Outra parte, queria abraça-lo como ele havia feito muitas vezes comigo e falar que aquilo não era o suficiente, que eu queria que o idiota ficasse ali para sempre.
Mas grande parte de mim queria simplesmente chorar. Eu abaixei a cabeça.
Se o mundo é um lugar como esse, então é melhor simplesmente... !
==/==
O telefone de Haruka deveria ter tocado pela milésima vez naquela manhã. Logo, eu cometeria um homicídio culposo e doloroso se o idiota não atendesse o telefone. Massageei a testa, tentando me acalmar.
Eu ia matar aquele cara.
O celular chamou até quase cair quando ele finalmente atendeu. Eu quase dei noticias animadoras para ele, do tipo "Ah, onde você está? Estou indo ai para te matar agora mesmo!", mas me contive.
- Bom-dia - consegui escutar a voz sonolenta dele. Bati a testa contra a parede.
- Onde você está? - voltando ao plano do assassinato...
- Ah, na cama, por q...
- HARUKA!
- Ah! Ah... eu estou acordado! Juro...! Zzz...
- SEU IDIOTA! - gritei, irritada - Francamente, era para já estarmos nas docas... se arrume e me encontre no portão!
Os planos eram para que eu e Haruka viajássemos hoje. Eu havia sugerido passarmos as nossas férias no colégio mesmo, mas a minha avó havia aparecido com aquelas duas passagens para o Caribe e meio que não havia como recusar, principalmente quando elas eram de graça e para comemorar meu aniversario.
Havia tido uma pequena guerra interna minha contra meus avós depois: eles eram absurdamente ricos e haviam se oferecido para pagar uma estadia em um resort de luxo para nós, mas eu havia recusado até a última fibra do meu ser. Ir para as Bahamas? Ok: estávamos no inverno e fora de temporada, as passagens eram baratas. Ficar no hotel mais luxuoso do lugar? Sem chances.
Por fim, acabamos alugando uma pequena casa na praia com quatro quartos por uma semana. Haviam mais algumas pessoas que iriam ficar no lugar, o que me fazia me sentir um pouco melhor: viver uma semana com Haruka me assombrava.
Olhando para o passado agora, talvez eu devesse ter recusado as passagens, ou aceitado o hotel luxuoso da minha avó. Talvez eu devesse ter acordado um pouco mais tarde. Tudo para perder aquela viajem.
Eu não tinha a minima ideia de como a minha vida mudaria na semana do meu aniversario.
Those who are no more exist
t a n k s b e e c k y ♥ oops,
Takane Shion- Posts : 135
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Age : 24
Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sex Nov 23, 2012 11:05 am
A Devil in the World
14 ● Dantalian ● Pheles ● Satalin
-Você não vai usar isso. - hã? - Takane vai nos matar caso interfiramos. Olha...
Ele apontou para uma garota que carregava um dos terroristas que estava pintado com o seu próprio sangue.
Mas que porr...
Olhei para Haruka e verbalizei, "Que tipo de monstro você protege?"
Lyon P. Walker- Posts : 113
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sex Nov 23, 2012 1:07 pm
The future become colored
"I love you" made gentle blue tears release,. "Thank you" made a gentle red song ascend. "I love you" painted soft black memories, "Thank you" spilled out a white kiss.
Takane is wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links] | Haruka is wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links]
Uma pessoa gritando.
Uma pessoa batendo em alguém.
A multidão enfurecida.
As sirenes da policia.
Tudo aquilo aconteceu ao mesmo tempo. Talvez tivessem conseguido reassumir o controle dos sistemas hackeados ou coisa assim.
E todos estavam correndo, correndo de mim.
Bem, não que isso fosse uma novidade.
Não que isso importasse.
Não que eu quisesse isso.
Mas... mas no meio da multidão...
Haruka deu um sorriso e eu retribui. A dor em minhas costelas se agravava e pontos faiscantes apareciam e sumiam da minha visão.
- Uma bela deusa da morte - ele respondeu Lyon, indo até mim. Lhe lancei um olhar agradecido - Mas no final, ela é a Takane.
- Sim... agora eu vou dormir um pouco, ok? - perguntei, pálida. Fechando os olhos, eu me deixei cair nos braços do menino que estava a minha frente.
Quando eu acordei, demorei um segundo para perceber o que estava errado.
Então me lembrei que estava viva. Sangue corria pelas minhas veias e meu coração estava batendo. Meus órgãos estavam funcionando e eu escutava minha respiração tremida.
Recobrando o senso de dor, percebi o incomodo que era me mexer. Abri levemente meus olhos, dando de cara com os traços delicados da face de Haruka.
Ele não olhava para mim, ocupado rabiscando algo. Ai ver que eu tinha recobrado os sentidos, ele deu um sorriso.
- Ta-chan! - não havia o tom de alivio costumeiro em sua voz de alguém que havia acabado de voltar dos mortos. Aquele machucado era apenas um arranhão, quase nada - Ei, Lyon! A Ta-chan acordou!
Estávamos em uma cafeteria no centro, do lado de fora. Os meninos haviam trocado de roupa e eu não estava mais usando os meus coturnos. As manchas de sangue em meu vestido haviam sido cobertas por um casaco que Haruka provavelmente escolhera.
O filhote Pheles se juntou a nós na mesa de vime e o guardião explicou a situação.
Depois da confusão que eu fizera, os terroristas entraram em pânico. Alguns deles haviam tentado atirar, mas haviam sido misteriosamente cortados por pétalas de flores. Eles fugiram e arrumaram algumas roupas para substituir as que estavam sujas de sangue, mas haviam ajeitado apenas um casaco para mim por não ter nenhuma outra menina presente para que ela pudesse trocar o meu vestido.
Durante a meia hora que eu estivera inconsciente, eles haviam encontrado aquele café. Era literalmente do lado de uma loja de games e do outro lado da rua estreita onde nenhum carro passava, havia uma loja de roupas e uma livraria, para o caso de eu querer comprar alguma coisa.
Interrompi a explicação e pedi um café.
- Alguém morreu?
- Não - respondeu ele, dando os ombros - Todos os seis caras que você feriu, inclusive aquele que estava todo ensanguentado, estão no hospital. Haviam umas vinte pessoas ao todo ajudando eles e todas foram pegas. Mas a loja ficará interditada por um tempo.
- E não fizemos o supermercado... - resmunguei. Coloquei os meus fones de ouvido enquanto pensava por um momento.
Uma pessoa batendo em alguém.
A multidão enfurecida.
As sirenes da policia.
Tudo aquilo aconteceu ao mesmo tempo. Talvez tivessem conseguido reassumir o controle dos sistemas hackeados ou coisa assim.
E todos estavam correndo, correndo de mim.
Bem, não que isso fosse uma novidade.
Não que isso importasse.
Não que eu quisesse isso.
Mas... mas no meio da multidão...
Haruka deu um sorriso e eu retribui. A dor em minhas costelas se agravava e pontos faiscantes apareciam e sumiam da minha visão.
- Uma bela deusa da morte - ele respondeu Lyon, indo até mim. Lhe lancei um olhar agradecido - Mas no final, ela é a Takane.
- Sim... agora eu vou dormir um pouco, ok? - perguntei, pálida. Fechando os olhos, eu me deixei cair nos braços do menino que estava a minha frente.
Quando eu acordei, demorei um segundo para perceber o que estava errado.
Então me lembrei que estava viva. Sangue corria pelas minhas veias e meu coração estava batendo. Meus órgãos estavam funcionando e eu escutava minha respiração tremida.
Recobrando o senso de dor, percebi o incomodo que era me mexer. Abri levemente meus olhos, dando de cara com os traços delicados da face de Haruka.
Ele não olhava para mim, ocupado rabiscando algo. Ai ver que eu tinha recobrado os sentidos, ele deu um sorriso.
- Ta-chan! - não havia o tom de alivio costumeiro em sua voz de alguém que havia acabado de voltar dos mortos. Aquele machucado era apenas um arranhão, quase nada - Ei, Lyon! A Ta-chan acordou!
Estávamos em uma cafeteria no centro, do lado de fora. Os meninos haviam trocado de roupa e eu não estava mais usando os meus coturnos. As manchas de sangue em meu vestido haviam sido cobertas por um casaco que Haruka provavelmente escolhera.
O filhote Pheles se juntou a nós na mesa de vime e o guardião explicou a situação.
Depois da confusão que eu fizera, os terroristas entraram em pânico. Alguns deles haviam tentado atirar, mas haviam sido misteriosamente cortados por pétalas de flores. Eles fugiram e arrumaram algumas roupas para substituir as que estavam sujas de sangue, mas haviam ajeitado apenas um casaco para mim por não ter nenhuma outra menina presente para que ela pudesse trocar o meu vestido.
Durante a meia hora que eu estivera inconsciente, eles haviam encontrado aquele café. Era literalmente do lado de uma loja de games e do outro lado da rua estreita onde nenhum carro passava, havia uma loja de roupas e uma livraria, para o caso de eu querer comprar alguma coisa.
Interrompi a explicação e pedi um café.
- Alguém morreu?
- Não - respondeu ele, dando os ombros - Todos os seis caras que você feriu, inclusive aquele que estava todo ensanguentado, estão no hospital. Haviam umas vinte pessoas ao todo ajudando eles e todas foram pegas. Mas a loja ficará interditada por um tempo.
- E não fizemos o supermercado... - resmunguei. Coloquei os meus fones de ouvido enquanto pensava por um momento.
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Takane Shion- Posts : 135
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sex Nov 23, 2012 2:52 pm
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14 ● Dantalian ● Pheles ● Satalin
Quando Takane caiu pálida nos braços de Haruka, cerrei os punhos, queria bater nele e gritar bem na sua cara "ELA É MINHA!".
Mas também estranhei, ela havia desmaiado... Mas não havia levado quase dano algum...
Duas pedras pularam do chão, virando bainhas de espadas que se prenderam nas minhas costas, os grão de areia se entrepassaram em meu peito, fazendo as bainhas formarem um X nas minhas costas. Embainhei aquelas duas espadas que eu havia feito.
Me aproximei de Haruka que já estava com a Takane nas costas.
- E agora? - Perguntei, encanrando ele.
- Vamos sair daqui, e... Achar algum lugar para descansar. - Não entendi o que ele quis dizer com isso, mas ok.
►
Haruka achou uma cafeteria onde a gente podia descansar um pouco. A cafeteria era perto de uma loja de games, uma livraria e uma loja de roupas.
"Me compre um presente de aniversário, Lyon!"
- Haruka... Lembrei que preciso fazer uma coisa. - Sem esperar a resposta do guardião, entrei na loja de games.
Felizmente não era só uma loja de games, também vendia figure actions e acessórios referente aos jogos.
Olhei os pingentes na vitrine do balcão e um me chamou a atenção: Um pingente de prata em formato de coração, o coração do jogo Kingdom Hearts.
- Oe, quanto é? - Apontei para o pingente. O cara do balcão respondeu "5 dólares". Felizmente era tudo o que eu tinha no momento, ele colocou o colar com o pingente encima do balcão e o embrulhou num pacote de presente, paguei a ele e voltou a cafeteria.
- Lyon! Ta-chan acordou!
Me juntei a eles e Haruka explicou o que havia acontecido, quando eles pararam de dialogar, estiquei o pacote em direção a Takane.
- Oe, feliz aniversário.
Lyon P. Walker- Posts : 113
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sex Nov 23, 2012 3:41 pm
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"I love you" made gentle blue tears release,. "Thank you" made a gentle red song ascend. "I love you" painted soft black memories, "Thank you" spilled out a white kiss.
Takane is wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links] | Haruka is wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links]
- Não me de isso... - meu rosto se fechou no instante que ele disse "feliz aniversario". Eu queria estrangula-lo - Se você está me dando isso, quer dizer que não vai sobreviver até amanhã? Eu sabia que Haruka era um covarde, mas Lyon Pheles Walker, você é pior que isso! O que você sabe sobre mim além do que aquela pessoa disse para você?
Haruka não se importou com o que eu havia dito. Ele apenas continuou na posição que estava, indiferente.
- Você é o pior! - sim, as intenções deles eram boas, mas...
Dizem que as pessoas ficam marcadas por seus passados e vivem moldadas por ele. Eu não acredito tanto nisso. Podemos mudar caso queiramos.
Mas velhos hábitos são difíceis de esquecer.
Eu me levantei, derramando café, e sai a passos largos de lá.
Antes que Lyon pudesse fazer alguma idiotice que acabasse em derramamento de sangue, Haruka o impediu. Com uma expressão triste no rosto, balançou a cabeça e me viu desaparecer em uma esquina.
- Vai embora - murmurei para a sombra. Eu havia usado a entrada dos fundos da livraria e agora me encolhia em um cantinho - Se ele acha que não vai viver até amanhã, é apenas um covarde.
- Então eu sou um covarde também? - perguntou Haruka, se sentando do meu lado. Eu fechei o livro que estava lendo e o coloquei na frente de meus pés.
- Sim, um dos grandes - o acusei, com um olhar assassino - Você não me diz o que pensa ou o que sente, como se tivesse medo que eu te visse de forma diferente. Também é um ótimo mentiroso e eu não sei quando você está mentindo ou falando a verdade, além de ter medo de se comprometer.
- Branca - ele murmurou, apontando para mim. Aquilo era uma referencia ao livro, "O Passarinho e as Cores". No inicio, o pássaro começava com as penas brancas e juntava cores para elas, porém as suas asas se tornaram negras - Preto -[/b] Haruka apontou para si próprio - Acho que depois de um tempo, isso para de machucar. Não o está julgando muito duramente?
- Eu odeio objetos -[/b] confessei, irritada - As pessoas desaparecem. Os objetos ficam depois de suas mortes e continuam a existir. Eu sou um objeto criado para alcançar o poder. Vocês desapareceram e eu...
- Eu estarei ao seu lado. Eu... eu arrumarei um jeito -[/b] a voz de Haruka não era nem um pouco tranquilizante. Parecia que ele já estava no tumulo - Lyon também. Ele se preocupa com você, muito. Talvez mais que eu.[/b]
Houve um silêncio que pareceu durar muito tempo.
Houve um suspiro que pareceu durar pouco tempo.
Houve um tempo que durou.
Houve um tempo que não durou.
Há uma era que está para vir.
E eu queria construí-la... do lado dele...
- Eu... eu criei uma teoria - comentei, baixinho. Apoiei de leve a minha cabeça no ombro dele, tentando controlar o meu coração e a minha respiração - Quer ouvi-la?
- Ficaria encantado.
As coisas pelas quais lutamos...
As coisas pelas quais lutamos são as coisas que amamos. Por que lutaríamos por alguém que não amamos?
Eu estava lutando naquele momento para dar um futuro para ele.
Ele estava lutando agora para ter um passado do qual eu pudesse me orgulhar.
Nós estávamos lutando porque amávamos aquele presente, mesmo ele sendo imperfeito.
E finalmente, lutávamos para deixa-lo o mais perto do paraíso possível.
E aquilo tudo era porquê...
- E então... - eu conseguiria sentir o seu pulso se simplesmente roçasse na mão dele. A respiração de Haruka era ruidosa em meu ouvido - Quero dizer... de acordo com essa teoria... você me ama?
- Eu...
Perto.
Alguns anos atrás, eu veria aquele rosto como apenas mais um em uma multidão.
Era incrível como ele havia se tornado alguém importante para mim em um tempo tão curto. E eu queria que ele estivesse ao meu lado para sempre.
Eu lutaria com todas as minhas forças para que aquilo fosse possível.
Meus olhos haviam quase se fechado quando me dei conta da triste realidade.
Desviei o olhar. Ele deu um riso triste e se afastou um pouco.
Eu quase o escutava murmurar "desculpas".
Mas aquelas palavras pareciam não pertencer só a mim.
Haruka não se importou com o que eu havia dito. Ele apenas continuou na posição que estava, indiferente.
- Você é o pior! - sim, as intenções deles eram boas, mas...
Dizem que as pessoas ficam marcadas por seus passados e vivem moldadas por ele. Eu não acredito tanto nisso. Podemos mudar caso queiramos.
Mas velhos hábitos são difíceis de esquecer.
Eu me levantei, derramando café, e sai a passos largos de lá.
Antes que Lyon pudesse fazer alguma idiotice que acabasse em derramamento de sangue, Haruka o impediu. Com uma expressão triste no rosto, balançou a cabeça e me viu desaparecer em uma esquina.
- Vai embora - murmurei para a sombra. Eu havia usado a entrada dos fundos da livraria e agora me encolhia em um cantinho - Se ele acha que não vai viver até amanhã, é apenas um covarde.
- Então eu sou um covarde também? - perguntou Haruka, se sentando do meu lado. Eu fechei o livro que estava lendo e o coloquei na frente de meus pés.
- Sim, um dos grandes - o acusei, com um olhar assassino - Você não me diz o que pensa ou o que sente, como se tivesse medo que eu te visse de forma diferente. Também é um ótimo mentiroso e eu não sei quando você está mentindo ou falando a verdade, além de ter medo de se comprometer.
- Branca - ele murmurou, apontando para mim. Aquilo era uma referencia ao livro, "O Passarinho e as Cores". No inicio, o pássaro começava com as penas brancas e juntava cores para elas, porém as suas asas se tornaram negras - Preto -[/b] Haruka apontou para si próprio - Acho que depois de um tempo, isso para de machucar. Não o está julgando muito duramente?
- Eu odeio objetos -[/b] confessei, irritada - As pessoas desaparecem. Os objetos ficam depois de suas mortes e continuam a existir. Eu sou um objeto criado para alcançar o poder. Vocês desapareceram e eu...
- Eu estarei ao seu lado. Eu... eu arrumarei um jeito -[/b] a voz de Haruka não era nem um pouco tranquilizante. Parecia que ele já estava no tumulo - Lyon também. Ele se preocupa com você, muito. Talvez mais que eu.[/b]
Houve um silêncio que pareceu durar muito tempo.
Houve um suspiro que pareceu durar pouco tempo.
Houve um tempo que durou.
Houve um tempo que não durou.
Há uma era que está para vir.
E eu queria construí-la... do lado dele...
- Eu... eu criei uma teoria - comentei, baixinho. Apoiei de leve a minha cabeça no ombro dele, tentando controlar o meu coração e a minha respiração - Quer ouvi-la?
- Ficaria encantado.
As coisas pelas quais lutamos...
As coisas pelas quais lutamos são as coisas que amamos. Por que lutaríamos por alguém que não amamos?
Eu estava lutando naquele momento para dar um futuro para ele.
Ele estava lutando agora para ter um passado do qual eu pudesse me orgulhar.
Nós estávamos lutando porque amávamos aquele presente, mesmo ele sendo imperfeito.
E finalmente, lutávamos para deixa-lo o mais perto do paraíso possível.
E aquilo tudo era porquê...
- E então... - eu conseguiria sentir o seu pulso se simplesmente roçasse na mão dele. A respiração de Haruka era ruidosa em meu ouvido - Quero dizer... de acordo com essa teoria... você me ama?
- Eu...
Perto.
Alguns anos atrás, eu veria aquele rosto como apenas mais um em uma multidão.
Era incrível como ele havia se tornado alguém importante para mim em um tempo tão curto. E eu queria que ele estivesse ao meu lado para sempre.
Eu lutaria com todas as minhas forças para que aquilo fosse possível.
Meus olhos haviam quase se fechado quando me dei conta da triste realidade.
Desviei o olhar. Ele deu um riso triste e se afastou um pouco.
Eu quase o escutava murmurar "desculpas".
Mas aquelas palavras pareciam não pertencer só a mim.
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Takane Shion- Posts : 135
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sex Nov 23, 2012 5:40 pm
A Devil in the World
14 ● Dantalian ● Pheles ● Satalin
Hehe, só eu mesmo para me apaixonar por uma pessoa como aquela.
Minha mão se apertou sobre o embrulho, rasguei-o e tirei o pingente de lá de dentro, encarei-o e coloquei envolta de meu pescoço e me levantei da mesa.
Sai da cafeteria em direção a um cara que estava ligando sua moto, antes dele dar a partida, segurei seu capacete e soquei o plástico transparente que servia como visor, o plástico se rasgou como papel, então o cara caiu no chão inconsciente.
Montei em sua moto e imaginei um mapa na minha cabeça, para lembrar o caminho de casa, dei partida na moto.
Lyon P. Walker- Posts : 113
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sex Nov 23, 2012 6:26 pm
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- Idiota estupido! Eu vou... eu vou!!
- Ta-chan! Calma! Ele só foi embora! - Haruka segurava os meus braços como se separasse uma briga enquanto eu esperneava e gritava. O rosto dele em segundos estava cheio de cortes.
Ao encarar as minhas unhas sujas de sangue, parei.
Ele me largou e cai no chão.
- Desculpa - consegui murmurar. Ele sorriu e me levantou, a face arranhada.
Por mais que Haruka houvesse se acostumado a me ver coberta de sangue, eu não conseguia lidar com ele da mesma forma. Aquilo parecia incrivelmente errado.
E mesmo assim, eu continuava ignorando que o menino era bem mais poderoso que eu.
Naquele ponto, meus sentimentos eram ambíguos: eu gostaria de protege-lo, ao mesmo tempo que eu gostaria de me curvar a ele caso fosse o meu novo rei. Ao mesmo tempo que eu gostaria de mostrar para ele que eu era forte enquanto lutávamos, eu queria...
O que eu queria?
"Eu quero ir para casa."
Comparada ao turbilhão de emoções que eu sentia, aquela frase era relativamente simples.
Mas onde era a minha casas?
Não era o lugar onde a minha família morava, ou o orfanato que eu cresci. A Academia também estava fora da lista.
Mas de certa forma, eu sabia... eu sabia que eu tinha um lugar para retornar, naquela valsa cheia de contradições.
- Acho que é melhor irmos para casa - ele comentou, distraído. O seu olhar estava em algum ponto perdido do horizonte - Esse lugar me é estranho. Some isso ao estar sozinho com você e...
- Desculpa se a minha companhia é desagradável - reclamei, procurando algo na bainha de CR. Peguei um lenço que havia ali dentro e o estendi para Haruka - Se não está apreciando, vá em frente. Se afaste.
- Não é nada disso! - o rosto dele estava vermelho enquanto ele limpava-se com o pedaço de pano, meio que o usando para esconder a cara - Eu realmente gosto de estar com você! Eu apenas... me sinto sem saber o que fazer. Isso me irrita.
- Vamos para casa.
Eu não deveria ter feito aquilo, mas rocei a minha mão na dele bem de leve.
Haruka entrelaçou seus dedos com os meus.
Na minha vida, eu pensei que poucas coisas eram mais constrangedoras que um beijo.
Mas naquele instante, eu podia sentir o coração dele bater a partir da sua mão.
Ela também era quente, como se o menino estivesse com febre.
Os cabelos negros estavam bagunçados como sempre, caindo sobre os olhos cinzentos e contrastando com a pele pálida dele.
Por um longo período, nós ficamos apenas ali, parados. Apenas de mãos dadas.
- Eu adoro os seus olhos, Takane - ele comentou, de modo que apenas eu poderia ouvir. Aquilo era desnecessário, pois não havia mais ninguém ali - Eles são amarelos como o sol ou vermelhos como as chamas. Eu gostaria de saber se um dia eu os verei azuis como o céu.
- Ta-chan! Calma! Ele só foi embora! - Haruka segurava os meus braços como se separasse uma briga enquanto eu esperneava e gritava. O rosto dele em segundos estava cheio de cortes.
Ao encarar as minhas unhas sujas de sangue, parei.
Ele me largou e cai no chão.
- Desculpa - consegui murmurar. Ele sorriu e me levantou, a face arranhada.
Por mais que Haruka houvesse se acostumado a me ver coberta de sangue, eu não conseguia lidar com ele da mesma forma. Aquilo parecia incrivelmente errado.
E mesmo assim, eu continuava ignorando que o menino era bem mais poderoso que eu.
Naquele ponto, meus sentimentos eram ambíguos: eu gostaria de protege-lo, ao mesmo tempo que eu gostaria de me curvar a ele caso fosse o meu novo rei. Ao mesmo tempo que eu gostaria de mostrar para ele que eu era forte enquanto lutávamos, eu queria...
O que eu queria?
"Eu quero ir para casa."
Comparada ao turbilhão de emoções que eu sentia, aquela frase era relativamente simples.
Mas onde era a minha casas?
Não era o lugar onde a minha família morava, ou o orfanato que eu cresci. A Academia também estava fora da lista.
Mas de certa forma, eu sabia... eu sabia que eu tinha um lugar para retornar, naquela valsa cheia de contradições.
- Acho que é melhor irmos para casa - ele comentou, distraído. O seu olhar estava em algum ponto perdido do horizonte - Esse lugar me é estranho. Some isso ao estar sozinho com você e...
- Desculpa se a minha companhia é desagradável - reclamei, procurando algo na bainha de CR. Peguei um lenço que havia ali dentro e o estendi para Haruka - Se não está apreciando, vá em frente. Se afaste.
- Não é nada disso! - o rosto dele estava vermelho enquanto ele limpava-se com o pedaço de pano, meio que o usando para esconder a cara - Eu realmente gosto de estar com você! Eu apenas... me sinto sem saber o que fazer. Isso me irrita.
- Vamos para casa.
Eu não deveria ter feito aquilo, mas rocei a minha mão na dele bem de leve.
Haruka entrelaçou seus dedos com os meus.
Na minha vida, eu pensei que poucas coisas eram mais constrangedoras que um beijo.
Mas naquele instante, eu podia sentir o coração dele bater a partir da sua mão.
Ela também era quente, como se o menino estivesse com febre.
Os cabelos negros estavam bagunçados como sempre, caindo sobre os olhos cinzentos e contrastando com a pele pálida dele.
Por um longo período, nós ficamos apenas ali, parados. Apenas de mãos dadas.
- Eu adoro os seus olhos, Takane - ele comentou, de modo que apenas eu poderia ouvir. Aquilo era desnecessário, pois não havia mais ninguém ali - Eles são amarelos como o sol ou vermelhos como as chamas. Eu gostaria de saber se um dia eu os verei azuis como o céu.
Então...
Vamos para casa.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sex Nov 23, 2012 7:18 pm
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Aquilo são carros de polícia?
1, 2, 3, 4...
E tinha uma Lhama amarrada a um poste, e várias pessoas saiam de dentro da casa, cambalendo, rindo e... vomitando.
- MOMO!
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sáb Nov 24, 2012 8:36 am
The future become colored
"I love you" made gentle blue tears release,. "Thank you" made a gentle red song ascend. "I love you" painted soft black memories, "Thank you" spilled out a white kiss.
Takane is wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links] | Haruka is wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links]
O primeiro tiro passou zunindo pela orelha de Lyon. Provavelmente teria acertado a sua cabeça se ele não tivesse se movido um pouco.
De qualquer forma, aquilo foi um aviso. Puxei a alavanca e recarreguei a Scyfle.
Eu havia capturado todos os olhares. Uma menina segurando uma foice vermelha com a ponta parcialmente enterrada na terra deveria chamar muita atenção.
Acho que eles estavam procurando o rifle, ou coisa assim. Dei um sorrisinho arrogante e retirei a lâmina do solo com um movimento fluido e circular. A ponta mudou de posição, a transformando em uma lança.
- Bom-dia! - comentei com a minha melhor voz de "Irmã mais nova fofinha" ou de "Irmã mais velha adorável". Tanto faz, ela poderia ser usada em ambas as ocasiões - Vocês tem cinco segundos para sair dessa casa, caso contrario, morrerão. E então... quem vai fazer a gentileza de sair primeiro?
Um dos policiais ia se mover para falar alguma coisa. Verbalizei a contagem em alto bom som, a terminando quando ele estava atrás de mim.
Movi a arma e, com a parte sem corte da lâmina, o atingi, o fazendo voar pelos ares. Normalmente, eu não teria força para fazer aquilo, mas o sistema pneumático ajudava. Fui até onde o pobre homem havia caído no chão e apoiei a lança-foice em sua garganta.
- Como eu disse... - a minha voz era estranha. Tão livre de emoções que parecia transparente, clara e fria. Como uma lagoa - Vou matar qualquer que não sair dessa casa. Mas como estou de ótimo humor, vou abrir uma exceção se você desaparecer agora da minha frente.
O policial gritou e saiu correndo, sem me dar tempo de afrouxar a pressão da lâmina em seu pescoço. Um pouco de sangue escorria do corte que havia sido feito por acidente, mas nada que oferecesse um risco iminente a vida dele.
Novamente, eu me virei para a casa e para os bêbados presentes.
- E então, quem será o próximo? - perguntei novamente, com a minha voz fofinha/adorável e com um grande sorriso no rosto - Eu adoraria retaliar uma pessoa ou duas, sabe? Seria divertido...
Então houve o caos. Pessoas gritando e correndo para longe do lugar, pisoteando umas as outras. Eu assistia tudo com um grande sorriso no rosto, mas não me divertia com nada daquilo. Uma simples encenação. Nada ali era engraçado.
Pois todas as pessoas ali tinham vidas comuns. Elas queriam alguma mudança. Elas queriam algo mais.
A minha vida... bem, aquilo havia se tornado entendiante três dias depois de começar. Não havia exatamente uma rotina, mas eu já estava cansada de correr pela minha vida.
Mas eu não podia evoluir e sair do tédio. Aquilo colocaria mais vidas em perigo.
A existência do ser vivo é continua, é padrão, é supérflua para alguns e para outros é uma dadiva divina. O que de fato é real? O que de fato é relevante para a vida? Não há o certo... não há o errado.
No fim, toda vida simplesmente...
Morre.
Mas objetos continuam nesse mundo.
Por isso eu os odeio.
Por isso eu me odeio.
Então não há nenhum problema se as outras pessoas me odiarem também.
Haruka encostou no ombro de Lyon, sorrindo.
- Eu sugiro que você desapareça daqui o mais rápido possível - ele comentou, com alegria - Você provavelmente é o próximo na lista da Takane.
De qualquer forma, aquilo foi um aviso. Puxei a alavanca e recarreguei a Scyfle.
Eu havia capturado todos os olhares. Uma menina segurando uma foice vermelha com a ponta parcialmente enterrada na terra deveria chamar muita atenção.
Acho que eles estavam procurando o rifle, ou coisa assim. Dei um sorrisinho arrogante e retirei a lâmina do solo com um movimento fluido e circular. A ponta mudou de posição, a transformando em uma lança.
- Bom-dia! - comentei com a minha melhor voz de "Irmã mais nova fofinha" ou de "Irmã mais velha adorável". Tanto faz, ela poderia ser usada em ambas as ocasiões - Vocês tem cinco segundos para sair dessa casa, caso contrario, morrerão. E então... quem vai fazer a gentileza de sair primeiro?
Um dos policiais ia se mover para falar alguma coisa. Verbalizei a contagem em alto bom som, a terminando quando ele estava atrás de mim.
Movi a arma e, com a parte sem corte da lâmina, o atingi, o fazendo voar pelos ares. Normalmente, eu não teria força para fazer aquilo, mas o sistema pneumático ajudava. Fui até onde o pobre homem havia caído no chão e apoiei a lança-foice em sua garganta.
- Como eu disse... - a minha voz era estranha. Tão livre de emoções que parecia transparente, clara e fria. Como uma lagoa - Vou matar qualquer que não sair dessa casa. Mas como estou de ótimo humor, vou abrir uma exceção se você desaparecer agora da minha frente.
O policial gritou e saiu correndo, sem me dar tempo de afrouxar a pressão da lâmina em seu pescoço. Um pouco de sangue escorria do corte que havia sido feito por acidente, mas nada que oferecesse um risco iminente a vida dele.
Novamente, eu me virei para a casa e para os bêbados presentes.
- E então, quem será o próximo? - perguntei novamente, com a minha voz fofinha/adorável e com um grande sorriso no rosto - Eu adoraria retaliar uma pessoa ou duas, sabe? Seria divertido...
Então houve o caos. Pessoas gritando e correndo para longe do lugar, pisoteando umas as outras. Eu assistia tudo com um grande sorriso no rosto, mas não me divertia com nada daquilo. Uma simples encenação. Nada ali era engraçado.
Pois todas as pessoas ali tinham vidas comuns. Elas queriam alguma mudança. Elas queriam algo mais.
A minha vida... bem, aquilo havia se tornado entendiante três dias depois de começar. Não havia exatamente uma rotina, mas eu já estava cansada de correr pela minha vida.
Mas eu não podia evoluir e sair do tédio. Aquilo colocaria mais vidas em perigo.
A existência do ser vivo é continua, é padrão, é supérflua para alguns e para outros é uma dadiva divina. O que de fato é real? O que de fato é relevante para a vida? Não há o certo... não há o errado.
No fim, toda vida simplesmente...
Morre.
Mas objetos continuam nesse mundo.
Por isso eu os odeio.
Por isso eu me odeio.
Então não há nenhum problema se as outras pessoas me odiarem também.
Haruka encostou no ombro de Lyon, sorrindo.
- Eu sugiro que você desapareça daqui o mais rápido possível - ele comentou, com alegria - Você provavelmente é o próximo na lista da Takane.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sáb Nov 24, 2012 9:10 am
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Quando desci da moto, depois daquela confusão ter acabado, Haruka me cutucou.
- Eu sugiro que você desapareça daqui o mais rápido possível. Você provavelmente é o próximo na lista da Takane. - Empurrei ele e entrei na casa.
A única pessoa que ficou lá dentro era uma garota de cabelos rosados que aparentava ter 15 anos, mas na verdade ela tinha 12. O rosto dela estava rubro e dormia semi-nua sobre o sofá, vestia apenas sua calcinha.
- Oe, eu levo ela lá para cima. - Falei para os dois atrás de mim.
Peguei Momo no colo, ela cheirava a álcool, quando a peguei, ela gemeu baixinho e falou:
- LYYY... OOOOONN! - Soluçou e logo voltou a dormir, ela era linda acordada, dormindo virava a coisa mais fofa que alguém podia ver.
Abriu a porta do meu quarto com um pouco de dificuldade e coloquei Momo deitada na minha cama, seria difícil dar banho nela dormindo.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sáb Nov 24, 2012 4:19 pm
Life cheating game
Even music fetters my body now. Everytime I wish for a miracle, I get denied. I’m sorry. Whenever I remember your sweet face, I hear the sound of tearing breaking memories. Heart-groping, the oncoming end. The thing I protected was a light that showed me a bright future.
They are wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links]
Eu havia cochilado no sofá.
Haruka cutucou de leve a minha bochecha.
- Ta-chan - ele sussurrou, baixinho - Ta-chan... já está de noite.
Eu abri um olho e encarei o rosto do menino, me lembrando do que havia acontecido antes. Eu precisaria trocar de roupa, mas mesmo assim, a perspectiva do que me aguardava era excitante!
Me sentei e dei um pequeno sorriso.
Algumas horas atrás...
Bem, eu entrará na casa e Haruka estava corado.
A razão disso? Momo.
Eu havia ficado muito irritada, mas o que realmente me deixou brava foi o estado da casa.
Então... bem, trancamos Lyon e Momo no quarto dela, para não nos irritarem.
Quando eu era mais nova, eu era pobre. Raramente tínhamos dinheiro e, quando tínhamos, gastávamos apenas com o essencial. Nunca comprei algo para mim, não antes de completar treze anos de idade.
Aquilo me fazia boa em tarefas domesticas. Some isso ao meu perfeccionismo. De certa forma, eu conseguiria manter uma casa em um bom estado por algum tempo.
Haruka havia tido uma infância parecida com a minha, mas ele nunca falava nunca sobre o seu passado. Nem eu, na realidade. Não podíamos olhar para o que havia acontecido buscando conforto ou gloria.
E há muito tempo, não temos um futuro também.
O que nos resta é o presente.
Nós dois limpamos a casa.
Demorou muito mais do que eu havia pensado, na realidade. Principalmente para tirar o cheiro de vomito da sala/cozinha e limpar a bagunça que a lhama fizera [nem pergunte].
Então, por fim, desmaiamos de cansaço nos sofás e cadeiras.
Desci a escada, dois degraus de cada vez. Uns barulhos estranhos, como se Lyon estivesse tentando arrombar a porta enquanto Momo pulava em cima dele, vinham do quarto trancado, mas ignorei.
Se eu havia dado uma pequena atenção ao meu vestuário? Claro. Estávamos indo lutar em uma floresta, de noite. Aquilo seria mais um jogo de esconde-esconde que um combate propriamente. Também havia escolhido as roupas mais confortáveis e escuras que eu tinha.
Mas também estava o que poderíamos chamar de "fofa". Precisava explorar uma fraqueza do meu adversário.
Por mais que eu soubesse que isso não funcionava.
Meu coração teimava em me obedecer quando eu encarei Haruka. Cruzei os braços e a bainha cheia de munição de CR fez barulho ao se mexer.
Ele havia trocado as roupas dele também. Provavelmente seria suicídio usar um casaco branco naquela luta. Mas tenho que admitir, o garoto estava bonito. Ele ficava bem com roupas escuras; elas combinavam com os seus cabelos negros e constatavam perfeitamente com os olhos cinza-claro e com a pele pálida...
Pisquei tentando clarear os pensamentos.
- Você está usando o que? Fascinação ou encantamento?
- Explorando uma fraqueza da minha adversaria - ele comentou, com um sorriso. Lhe lancei um olhar assassino e saímos da casa, em silêncio.
O cenário do jogo de esconde-esconde não podia ser melhor. A noite estava sinistra, cheia de nuvens que escondiam a lua e deixavam o lugar escuro, porém, as vezes, aparecia uma fresta entre elas e luz prateada banhava rapidamente os arredores.
- Você acha que isso é uma fraqueza? - perguntei de repente, antes de entrarmos na floresta. Eu andava atrás, tentando fazer um mapa mental.
- Em combate? Sim - Haruka respondeu. Eu não conseguia tirar nenhuma informação relevante da sua voz e seu rosto estava oculto - Mas me deixou feliz, de qualquer maneira.
- Você parece uma garota, Haruka - comentei, com um sorriso zombeteiro. Ele se virou para mim com um rosto sério então ambos caímos na gargalhada - É estranho também. Normalmente, sou boa em ler pessoas, mas nunca sei exatamente o que você está pensando.
- Quer que eu te leia? - ele ofereceu, com um grande sorriso. Eu desviei o olhar, com uma expressão arrogante.
- Não, obrigada - disse aquilo com a voz mais séria e orgulhosa que pude no momento - Acho que me conheço bem o bastante.
Novamente, rimos.
- Bem... e agora?
- Corremos por uns vinte segundos em direções opostas e começamos?
- E os limites?
- A floresta. Não podemos sair daqui, nem em direção a casa. Cancelamos se virmos pessoas.
- Ok. Pode ser.
Nos posicionamos um de costas para o outro. Após contarmos até três juntos, começamos a correr.
O jogo de esconde-esconde havia começado!
Haruka cutucou de leve a minha bochecha.
- Ta-chan - ele sussurrou, baixinho - Ta-chan... já está de noite.
Eu abri um olho e encarei o rosto do menino, me lembrando do que havia acontecido antes. Eu precisaria trocar de roupa, mas mesmo assim, a perspectiva do que me aguardava era excitante!
Me sentei e dei um pequeno sorriso.
Algumas horas atrás...
Bem, eu entrará na casa e Haruka estava corado.
A razão disso? Momo.
Eu havia ficado muito irritada, mas o que realmente me deixou brava foi o estado da casa.
Então... bem, trancamos Lyon e Momo no quarto dela, para não nos irritarem.
Quando eu era mais nova, eu era pobre. Raramente tínhamos dinheiro e, quando tínhamos, gastávamos apenas com o essencial. Nunca comprei algo para mim, não antes de completar treze anos de idade.
Aquilo me fazia boa em tarefas domesticas. Some isso ao meu perfeccionismo. De certa forma, eu conseguiria manter uma casa em um bom estado por algum tempo.
Haruka havia tido uma infância parecida com a minha, mas ele nunca falava nunca sobre o seu passado. Nem eu, na realidade. Não podíamos olhar para o que havia acontecido buscando conforto ou gloria.
E há muito tempo, não temos um futuro também.
O que nos resta é o presente.
Nós dois limpamos a casa.
Demorou muito mais do que eu havia pensado, na realidade. Principalmente para tirar o cheiro de vomito da sala/cozinha e limpar a bagunça que a lhama fizera [nem pergunte].
Então, por fim, desmaiamos de cansaço nos sofás e cadeiras.
Desci a escada, dois degraus de cada vez. Uns barulhos estranhos, como se Lyon estivesse tentando arrombar a porta enquanto Momo pulava em cima dele, vinham do quarto trancado, mas ignorei.
Se eu havia dado uma pequena atenção ao meu vestuário? Claro. Estávamos indo lutar em uma floresta, de noite. Aquilo seria mais um jogo de esconde-esconde que um combate propriamente. Também havia escolhido as roupas mais confortáveis e escuras que eu tinha.
Mas também estava o que poderíamos chamar de "fofa". Precisava explorar uma fraqueza do meu adversário.
Por mais que eu soubesse que isso não funcionava.
Meu coração teimava em me obedecer quando eu encarei Haruka. Cruzei os braços e a bainha cheia de munição de CR fez barulho ao se mexer.
Ele havia trocado as roupas dele também. Provavelmente seria suicídio usar um casaco branco naquela luta. Mas tenho que admitir, o garoto estava bonito. Ele ficava bem com roupas escuras; elas combinavam com os seus cabelos negros e constatavam perfeitamente com os olhos cinza-claro e com a pele pálida...
Pisquei tentando clarear os pensamentos.
- Você está usando o que? Fascinação ou encantamento?
- Explorando uma fraqueza da minha adversaria - ele comentou, com um sorriso. Lhe lancei um olhar assassino e saímos da casa, em silêncio.
O cenário do jogo de esconde-esconde não podia ser melhor. A noite estava sinistra, cheia de nuvens que escondiam a lua e deixavam o lugar escuro, porém, as vezes, aparecia uma fresta entre elas e luz prateada banhava rapidamente os arredores.
- Você acha que isso é uma fraqueza? - perguntei de repente, antes de entrarmos na floresta. Eu andava atrás, tentando fazer um mapa mental.
- Em combate? Sim - Haruka respondeu. Eu não conseguia tirar nenhuma informação relevante da sua voz e seu rosto estava oculto - Mas me deixou feliz, de qualquer maneira.
- Você parece uma garota, Haruka - comentei, com um sorriso zombeteiro. Ele se virou para mim com um rosto sério então ambos caímos na gargalhada - É estranho também. Normalmente, sou boa em ler pessoas, mas nunca sei exatamente o que você está pensando.
- Quer que eu te leia? - ele ofereceu, com um grande sorriso. Eu desviei o olhar, com uma expressão arrogante.
- Não, obrigada - disse aquilo com a voz mais séria e orgulhosa que pude no momento - Acho que me conheço bem o bastante.
Novamente, rimos.
- Bem... e agora?
- Corremos por uns vinte segundos em direções opostas e começamos?
- E os limites?
- A floresta. Não podemos sair daqui, nem em direção a casa. Cancelamos se virmos pessoas.
- Ok. Pode ser.
Nos posicionamos um de costas para o outro. Após contarmos até três juntos, começamos a correr.
O jogo de esconde-esconde havia começado!
the Joker that had gathered
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Dom Nov 25, 2012 7:04 am
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Confesso que quase entrei em desespero quando ouvi o barulho de fechadura, eu realmente não gostava de ficar trancado em qualquer que fosse o local, principalmente se ele for muito apertado.
aproximadamente 10 minutos depois, explosões, tiros e barulho de metal se encontrando podiam ser ouvidos da floresta. Olhei pela janela e vi um grupo de jovens com lanternas indo em direção ao som dos tiros.
Tive que conter o riso.
Lyon P. Walker- Posts : 113
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Dom Nov 25, 2012 9:35 am
Life cheating game
Even music fetters my body now. Everytime I wish for a miracle, I get denied. I’m sorry. Whenever I remember your sweet face, I hear the sound of tearing breaking memories. Heart-groping, the oncoming end. The thing I protected was a light that showed me a bright future.
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Eu corria em direção ao som a quase 10 minutos.
Pela segunda vez em três minutos, eu me esquivei daquelas pétalas que voavam sem nenhum vento. Rosas vermelhas apareceram como um clarão em minha visão e se chocaram com as sakuras, produzindo um ruido metálico, como se fossem pequenas lâminas.
Com isso, eu ignorei o barulho que estava atrás de mim.
Como algum tipo de milagre, eu consegui me desviar antes que a espada me cortasse em duas. Girando para o lado, como em uma cambalhota, minha foice dobrava-se em uma arma em minhas mãos. Eu atirei, parcialmente cega pela escuridão.
O vulto escuro desapareceu por entre as árvores. Eu esperei um segundo, tentando descobrir para onde ele havia ido, seus passos silenciosos como uma raposa.
Mas desde tempos antigos, a única criatura capaz de se igualar em força e astucia com elas foram os lobos.
Dei um sorrisinho e atirei na direção contraria ao ruido. Escutei uma exclamação de surpresa.
- Você não vai me enganar com esse truque de novo - comentei para ele, porém em uma voz tão baixa que nem eu mesma escutei direito.
Corri até Haruka, com um riso no rosto. A adrenalina corria em minhas veias. Aquilo era uma tentativa de assassinato silencioso, onde estávamos tentando criar a chance perfeita para matar um ao outro, sem que o alvo pudesse reagir. A simples perspectiva daquilo me fazia vibrar, empolgada.
Não eramos lutadores, desde pequenos, estávamos sendo treinados para sermos assassinos.
Mesmo assim, eramos viciados em lutas. Tudo mais em minha cabeça havia desaparecido, exceto meu objetivo e a emoção da caçada.
Parei em uma clareira.
Tudo estava quieto nos arredores.
Aguçando os meus ouvidos, o rifle em mão.
O dia sumindo aos poucos, enquanto a noite escurecia tudo. Eu tentava prestar atenção em tudo que acontecia ao meu redor, mordendo de leve o lábio.
Dando um passo a frente, eu suspirei.
Enquanto a arma se desdobrava em minhas mãos, eu bloqueei a espada da melhor maneira que eu podia. Ver aqueles dois olhos vermelhos me encarando da escuridão era desconcertante e o impacto foi tão forte que meu corpo inteiro pareceu reverberar junto com a foice.
Sakuras e baras se destruíram em meio a noite.
Os cabelos prateados de Haruka o destacavam na escuridão. Parecia que eu havia dado um trabalho especial em ser encontrada daquela vez.
Sempre lutávamos como se fossemos humanos. Não gostávamos de usar nossos poderes, principalmente um contra o outro.
De qualquer maneira, se eu vencesse sem trapacear, poderia jogar aquilo na cara de Haruka por uma eternidade.
Eu pulei para trás e dei um risinho confiante. Eu tinha a vantagem da distancia, mas se ele se aproximasse demais, eu estava perdida.
Com a lâmina da foice, eu o ataquei com um movimento circular que ia de cima a baixo, a partir de seu ombro direito até o quadril. Era útil também: enquanto eu atacava, me abaixava para defender.
Haruka bloqueou com facilidade. Lhe dei uma rasteira.
No esforço para se manter em pé, ele afrouxou a espada. Girando a arma, eu a apoiei do lado esquerdo de seu pescoço, a lâmina pressionando sutilmente a sua nuca.
Mas naquele instante, eu também tinha uma espada apontada para o meu pescoço. A expressão fria e séria de Haruka contrastava com o meu sorriso confiante.
- Eu realmente não estou a fim de nos matarmos para descobrir quem é o vencedor - comentei, animada.
- De acordo.
- Então... foi um empate?
- Claro.
Largamos as armas e desabamos no chão, cansados e ofegantes. Os meus pulmões clamavam por mais ar e meu cérebro insistia com eles que isso não era possível.
Minhas pernas protestavam e gritavam, pedindo descanso. Meu coração estava acelerado e batia como se estivesse prestes a explodir.
Eu apoiei a minha cabeça que latejava nas costas de Haruka. Ele fez o mesmo.
Ficamos ali por um tempo indefinido, até recuperarmos o folego. Nossas armas já estavam em suas formas "comuns", então ninguém acharia que havíamos ido até um confronto letal.
- Tem um grupo na floresta - ele comentou, distraído. Seus cabelos estavam castanhos de novo, mas se você olhasse bem de perto, haviam alguns fios brancos - Quer encontrar um lugar mais escondido?
- Acho que não será preciso. Nós estamos bem fundo e a noite está linda. Vamos ficar por aqui mesmo...
Mas mesmo assim, nós nos escondemos parcialmente entre as árvores, perto de uns arbustos de morangos selvagens e de outras frutinhas, de onde pudéssemos ver o céu. O que eu havia dito era verdade, ninguém foi até lá investigar. Ficamos apenas olhando as nuvens, a lua e as estrelas.
Eu olhei para Haruka. Pelo menos um metro nos separava. Os cabelos escuros caiam desgrenhados sobre o rosto, escondendo um sujo na sua testa.
- Haruka... - disse, me aproximando e limpando o rosto dele - Tem uma sujeira na sua testa...
Pela segunda vez em três minutos, eu me esquivei daquelas pétalas que voavam sem nenhum vento. Rosas vermelhas apareceram como um clarão em minha visão e se chocaram com as sakuras, produzindo um ruido metálico, como se fossem pequenas lâminas.
Com isso, eu ignorei o barulho que estava atrás de mim.
Como algum tipo de milagre, eu consegui me desviar antes que a espada me cortasse em duas. Girando para o lado, como em uma cambalhota, minha foice dobrava-se em uma arma em minhas mãos. Eu atirei, parcialmente cega pela escuridão.
O vulto escuro desapareceu por entre as árvores. Eu esperei um segundo, tentando descobrir para onde ele havia ido, seus passos silenciosos como uma raposa.
Mas desde tempos antigos, a única criatura capaz de se igualar em força e astucia com elas foram os lobos.
Dei um sorrisinho e atirei na direção contraria ao ruido. Escutei uma exclamação de surpresa.
- Você não vai me enganar com esse truque de novo - comentei para ele, porém em uma voz tão baixa que nem eu mesma escutei direito.
Corri até Haruka, com um riso no rosto. A adrenalina corria em minhas veias. Aquilo era uma tentativa de assassinato silencioso, onde estávamos tentando criar a chance perfeita para matar um ao outro, sem que o alvo pudesse reagir. A simples perspectiva daquilo me fazia vibrar, empolgada.
Não eramos lutadores, desde pequenos, estávamos sendo treinados para sermos assassinos.
Mesmo assim, eramos viciados em lutas. Tudo mais em minha cabeça havia desaparecido, exceto meu objetivo e a emoção da caçada.
Parei em uma clareira.
Tudo estava quieto nos arredores.
Aguçando os meus ouvidos, o rifle em mão.
O dia sumindo aos poucos, enquanto a noite escurecia tudo. Eu tentava prestar atenção em tudo que acontecia ao meu redor, mordendo de leve o lábio.
Dando um passo a frente, eu suspirei.
Enquanto a arma se desdobrava em minhas mãos, eu bloqueei a espada da melhor maneira que eu podia. Ver aqueles dois olhos vermelhos me encarando da escuridão era desconcertante e o impacto foi tão forte que meu corpo inteiro pareceu reverberar junto com a foice.
Sakuras e baras se destruíram em meio a noite.
Os cabelos prateados de Haruka o destacavam na escuridão. Parecia que eu havia dado um trabalho especial em ser encontrada daquela vez.
Sempre lutávamos como se fossemos humanos. Não gostávamos de usar nossos poderes, principalmente um contra o outro.
De qualquer maneira, se eu vencesse sem trapacear, poderia jogar aquilo na cara de Haruka por uma eternidade.
Eu pulei para trás e dei um risinho confiante. Eu tinha a vantagem da distancia, mas se ele se aproximasse demais, eu estava perdida.
Com a lâmina da foice, eu o ataquei com um movimento circular que ia de cima a baixo, a partir de seu ombro direito até o quadril. Era útil também: enquanto eu atacava, me abaixava para defender.
Haruka bloqueou com facilidade. Lhe dei uma rasteira.
No esforço para se manter em pé, ele afrouxou a espada. Girando a arma, eu a apoiei do lado esquerdo de seu pescoço, a lâmina pressionando sutilmente a sua nuca.
Mas naquele instante, eu também tinha uma espada apontada para o meu pescoço. A expressão fria e séria de Haruka contrastava com o meu sorriso confiante.
- Eu realmente não estou a fim de nos matarmos para descobrir quem é o vencedor - comentei, animada.
- De acordo.
- Então... foi um empate?
- Claro.
Largamos as armas e desabamos no chão, cansados e ofegantes. Os meus pulmões clamavam por mais ar e meu cérebro insistia com eles que isso não era possível.
Minhas pernas protestavam e gritavam, pedindo descanso. Meu coração estava acelerado e batia como se estivesse prestes a explodir.
Eu apoiei a minha cabeça que latejava nas costas de Haruka. Ele fez o mesmo.
Ficamos ali por um tempo indefinido, até recuperarmos o folego. Nossas armas já estavam em suas formas "comuns", então ninguém acharia que havíamos ido até um confronto letal.
- Tem um grupo na floresta - ele comentou, distraído. Seus cabelos estavam castanhos de novo, mas se você olhasse bem de perto, haviam alguns fios brancos - Quer encontrar um lugar mais escondido?
- Acho que não será preciso. Nós estamos bem fundo e a noite está linda. Vamos ficar por aqui mesmo...
Mas mesmo assim, nós nos escondemos parcialmente entre as árvores, perto de uns arbustos de morangos selvagens e de outras frutinhas, de onde pudéssemos ver o céu. O que eu havia dito era verdade, ninguém foi até lá investigar. Ficamos apenas olhando as nuvens, a lua e as estrelas.
Eu olhei para Haruka. Pelo menos um metro nos separava. Os cabelos escuros caiam desgrenhados sobre o rosto, escondendo um sujo na sua testa.
- Haruka... - disse, me aproximando e limpando o rosto dele - Tem uma sujeira na sua testa...
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Última edição por Takane Shion em Seg Nov 26, 2012 11:31 am, editado 1 vez(es)
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Dom Nov 25, 2012 5:43 pm
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Eu iria rir muito se aquele grupo voltasse todo ensanguentado e tudo mais, hehe.
Me dirigi até a porta, lembrei que ela estava fecha.
- Droga... - Olhei ao redor, a única coisa que chamava atenção, tirando a Momo dormindo semi-nua, era um objeto parecido com um pé de cabra (Nunca é um pé de cabra, é sempre "parecido" com um pé de cabra.) encostado na parede. Por que os proprietários da casa mantinham uma coisa daquelas dentro de um quarto? Apocalipse zumbi? Há! Só que não...
Bati na maçaneta algumas vezes com o pé de cabra, entre a fina brecha, consegui ver o paralelepípedo de metal que impedia a porta de ser aberta. Posicionei a parte fina da ferramenta na brecha da porta e puxei com força. Foi o suficiente para aquele pedaço de metal se retorcer e a porta literalmente "explodir". O barulho foi enorme, olhei para Momo, felizmente ela não tinha acordado, gemeu baixinho, se esticou e voltou a se encolher.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Dom Nov 25, 2012 6:15 pm
To be honest...
Even music fetters my body now. Everytime I wish for a miracle, I get denied. I’m sorry. Whenever I remember your sweet face, I hear the sound of tearing breaking memories. Heart-groping, the oncoming end. The thing I protected was a light that showed me a bright future.
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Perto...
Aquele sentimento de novo...
O que era aquilo?
O que era... aquilo... ?
Eu não havia percebido o rubor no rosto do garoto. Eu mesma não havia percebido o quanto o meu rosto estava quente. O quanto os nossos rostos estavam próximos. Deixando uma exclamação de surpresa no ar, bruscamente nos afastamos.
O que era... aquilo!?
Ficamos simplesmente ali, nos olhando. Haruka ia se aproximar e falar alguma coisa, mas eu desviei o olhar e o interrompi.
Ele parou.
- Desculpe, eu não deveria ter feito aquilo - murmurei, irritada. A minha voz...
Sinceramente, aquela era a voz que eu havia usado ao tentar matar Haruka pela primeira vez. A expressão em meus olhos também era a mesma.
Mas algo havia mudado desde então.
O tom de desprezo era iminente, mas não era voltado ao menino.
E sim a mim mesma.
- Eu sou repugnante, não? - toquei de leve o meu abdômen e abracei a mim mesma, meus olhos se enchendo de lagrimas. Por que eu estava chorando? Por quê?
Aquela resposta me fugia.
- Esse corpo... ele não é nada mais que uma boneca - um riso amargo escapou da minha boca, junto com a primeira daquelas lagrimas irônicas de infelicidade - Eu sou apenas um fantoche. Não mereço tocar em você, Haruka. Não posso sequer pedir para você me tocar...
- Takane, pare com isso! - ele rapidamente foi até mim e me abraçou, me pressionando contra o seu peito. Eu escutava o coração dele bater, um som tranquilizante. As minhas lagrimas quentes ensoparam a sua camiseta. O menino gentilmente acariciava os meus cabelos - Pare com isso, por favor. Eu quero te tocar! Eu quero te tocar, quero te abraçar... Eu quero estar sempre com você e te...!
- Você não entende! - eu o afastei com os meus braços, o mantendo afastado. Segurava com força os seus ombros, a minha cabeça tombada para frente enquanto as lagrimas rolavam pelo meu nariz - Você... você pode morrer amanhã, isso tudo torna mais fácil você aproveitar o "agora". Mas... mas eu simplesmente vou desaparecer! Ninguém se lembra de uma boneca quebrada, então...
Ele tampou a minha boca, de onde saiam palavras afiadas como espadas que feriam a nós dois com os seus lábios.
Por um segundo eu esqueci como era respirar.
Eu havia esquecido muitas coisas na minha vida. A sensação do primeiro beijo era sempre nova para mim.
Haruka poderia ter se acostumado a beijar a minha face, mas eu ainda era uma garotinha que não conseguia segurar aquelas lembranças.
E então, eu pude escutar toda a frase do garoto em minha mente.
Eu quero te tocar! Eu quero te tocar, quero te abraçar, quero estar sempre com você e quero te beijar!
Mesmo assim, eu não podia pedir nada disso.
Aqueles poucos segundos pareceram uma eternidade e de certa forma, eu gostaria que durasse mais.
Nos afastamos e eu o encarei, vermelha. Ainda haviam algumas lagrimas em meus olhos.
Por que eu estava chorando, sendo que estava tão alegre?
- Takane, por que você está tão corada? - ele perguntou, me encarando. Eu simplesmente não conseguia desviar o olhar daqueles dois olhos cinzentos - Esse não foi o seu primeiro b...
- Você...! Você é um idiota, Haruka! - eu dei um soco nele. O objetivo era de ser forte, mas a verdade é que eu mal senti o impacto - Eu estou com medo! Com muito medo! Você realmente acredita que me deram um coração capaz de amar!? Você... Haruka, você é o meu único amigo. Haruka, Haruka... você realmente acha que eu sei a diferença entre amizade e amor?
- Sim, eu sou um idiota - ele me abraçou com força e eu retribui, as lagrimas ameaçando romper de meus olhos de novo - Eu também estou muito assustado com isso, pois sei que posso te perder. A única pessoa que foi minha amiga durante toda a minha vida foi você, Takane. E... e é a primeira vez que eu sinto isso. Então... talvez, apenas talvez, embora eu tenha certeza... isso é...
Por um longo tempo, nós não dissemos nada.
Apenas ficamos ali, abraçados um com o outro.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Seg Nov 26, 2012 5:16 pm
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Pela janela da varanda do corredor onde ficava o meu quarto, sim, tinha uma varanda no final do corredor que dava visão para o mar... Eu pude ver um garoto encapuzado, parecia ter a minha altura. Vi que não representava perigo, até que mesmo se ele entrasse na casa, ele iria apanhar... Muito.
Voltei para dentro, para o meu quarto, me deitei ao lado de Momo e tentei dormir.
---►
O ser encapuzado se dirigiu até as escadas que davam acesso a casa de praia, então abriu a porta de vidro e entrou na casa, com um sorriso malicioso no rosto, os seus olhos eram cobertos pelo capuz negro de seu moletom. Sentou-se no sofá, como se aquela casa fosse sua.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Seg Nov 26, 2012 6:01 pm
To be honest...
Even music fetters my body now. Everytime I wish for a miracle, I get denied. I’m sorry. Whenever I remember your sweet face, I hear the sound of tearing breaking memories. Heart-groping, the oncoming end. The thing I protected was a light that showed me a bright future.
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- Azedo! - foi o primeiro comentário de Haruka ao morder o morando silvestre. Eu dei um risinho e coloquei uma fruta inteira na boca.
- É a primeira vez que você come morangos selvagens?
Ele assentiu, tímido. Eu o encarei, meio confusa.
- Mas é doce também - ele acrescentou, no final. Lhe dei um peteleco - Takane, eu estou tão feliz por você. Você está mais... humana, desses tempos para trás.
- Por quê? Eu não era "humana" antes?
- Ééé... bem, você era... você era a Takane - ele deu ombros e eu peguei mais um morango, irritada - Tinha toda aquela aura "eu vou te matar" ao seu redor. Depois... ah, más memórias.
- Eu me lembro de quando eramos mais novos, uns seis meses depois de nos conhecermos. Festival Cultural, huh? - a minha expressão era distraída. Depois eu me foquei e balancei a cabeça - Mas não me lembro da primeira parte.
- Ah...
- Eu pareço um lobo? Ou uma shinigami? - lhe dei um sorriso travesso. O menino corou e desviou o olhar, o que era um pouco dificil, considerando que eu estava apoiada em seu ombro. Senti ele se mexer ao movimentar a cabeça.
- De certa forma, um pouco dos dois. Uma bela deusa da morte de olhos vermelhos e um misterioso lobo cinzento.
- Cala a boca - briguei com ele, também corando um pouco. Cerrei o pulso - Eu me acostumei com você me chamar de "fofa", mas isso não é nada de especial. E agora você e o Lyon estão nessa de "bonita"!
- Ah, mas a Takane é boni... - ele viu o meu olhar assassino - Ok, só um pouquinho.
- O que em mim é bonito? - perguntei, em olhar de desafio. Ele me encarou por um segundo, pensativo. A cabeça de Haruka tombou para frente, enquanto era possível ver as engrenagens girando em sua cabeça, tentando formar alguma resposta descente.
- O seu sorriso - ele falou, finalmente. Eu ia protestar quando ele continuou a lista - Os seus olhos quando você está me olhando com vontade de me matar, principalmente quando a luz não é boa e eles parecem mudar de cor. A cara que você faz quando está envergonhada e nervosa que combina perfeitamente com o seu olhar de morte. O jeito que você anda com os braços ligeiramente abertos, como se fosse levantar voo a qualquer momento. O jeito que você é orgulhosa e arrogante, mas só um pouco e...
- Características físicas! Foco! - eu lhe reprendi, mas até que estava gostando do que estava ouvindo. Ele apontava os meus defeitos, mas os colocava como coisas boas.
Eu duvido que conseguiria fazer o mesmo com alguém.
- Hm... a sua pele é bacana - ele disse, tentando continuar o assunto - Seu rosto, principalmente os seus olhos e a sua boca...
- Haruka, você tem um jeito estranho de pensar - reclamei, cruzando os braços - E por que você citou a minha boca?
- Ah! É...! Nada demais... é só que...!
- Você não está considerando me beijar de novo, não é, seu idiota? - eu o encarei com a cara mais séria que podia, irritada. Mesmo assim, em meus olhos estavam cheios de diversão e desafio.
- Claro que não, eu só...
Houve um momento de silêncio.
Eu refleti como aquela palavra era estranha.
Eu refleti como aquilo era estranho.
Provavelmente, eu nunca conseguiria ter um namorado.
A simples perspectiva de apenas dar as mãos com alguém por perto já me era estranha. Reservada para outras pessoas, não a mim.
- Hm... Haruka?
- Sim?
- Como foi?
- O que?
- O beijo - enterrei o meu rosto nas minhas pernas, envergonhada. Provavelmente, era a primeira e a última vez que algo como aquilo aconteceria comigo.
Foi o que eu pensei na hora.
- Ah, bem... - um segundo de silêncio, com o garoto pensando - Foi molhado...
- Eu beijo tão mal assim!?
- Não, é que você estava chorando e... - ele tentava se justificar. Como Haruka havia dito... eu era particularmente boa na matéria de "olhares ameaçadores" - E para você?
- A sua respiração estava estranha - comecei a criticar, sem dó ou piedade - Os seus olhos estavam vermelhos. Seus lábios estavam rachados e secos. Eu me machuquei... muito - sim. "Machucar" era um bom termo ali. Machucados deixavam cicatrizes e uma cicatriz significava que algo estava faltando. De certa forma, a certeza que eu tinha há alguns minutos depois... desaparecerá. E agora, eu não sabia o que me aguardava: Haruka já era o meu ponto fraco como amigo e se nós virássemos...
E se nós virássemos o que?
Deixei a pergunta pairar um instante, então me distrai olhando para o garoto. Parecia que eu o havia furado com uma lança verbal, pelo seu desanimo.
Dei uma risada.
- Em suma, foi parecido com um deserto - comentei, finalmente - Também era surpreendentemente quente.
==/==
Depois de terminarmos aquele assunto...
Bem, foi foi firmado um acordo silencioso entre nós dois para não comentarmos mais aquilo.
De maneira nenhuma.
Até que entendêssemos o que sentíamos.
Até que pudéssemos entender o que era aquilo.
Eu me orgulho de ser uma criança.
Assim, não preciso me preocupar com tantas coisas.
Mesmo assim, tenho as preocupações de um adulto.
As vezes, eu acho que o mundo é injusto.
Mas mesmo assim, justiça não é que todos recebam o mesmo; é que todos recebam o necessário.
E se formos olhar desse ponto, o mundo é incrivelmente generoso comigo.
Nós não saímos da floresta. Ficamos ali, debaixo daquela árvore, conversando sobre o que gostávamos e o que não gostávamos, do que tínhamos medo e das coisas que queríamos e achávamos legais, além do que acontecerá aquele dia. Mesmo assim, não conversamos sobre nada do passado ou do que estávamos esperando.
Nós não temos um futuro, assim como nenhum passado do qual podemos nos orgulhar.
Apenas vivíamos, sem nunca olhar para trás, encarando os próprios pés.
Com esse pensamento em mente, adormecemos depois de muitas e muitas horas.
Quando eu acordei, me senti aquecida.
Uma sensação de conforto me invadia, junto com o sentimento de familiaridade. O vento uivava baixinho e frio, junto com o barulho da água adiante. Tímidos raios de luz banhavam a minha face.
O tecido que cobria o meu corpo, como um cobertor, me era estranho: mais maleável que a água e mais leve que o ar, seu toque era gostoso, como o de seda. Enquanto eu passava a mão delicadamente por ele, percebi que o barulho que ele fazia também era um pouco nostálgico.
Abrindo os olhos, uma mão entrou no campo da minha visão.
Exatamente como as minhas memorias, era uma mão delicada e pálida. Porém, notei que algo estava errado examinando com mais atenção, em meu estado sonolento. Era grande demais e parecia que os meus dedos finos se encaixariam perfeitamente entre aqueles. A mão também estava perfeitamente bem, sem estar suja de sangue ou toda enfaixada.
E o mais importante. Quando ela me tocou e o corpo que ela pertencia me abraçou, percebi que ele não era nada frio. Possuía um calor febril e era surpreendentemente vivo, diferente das memorias semi-mortas que eu tinha de minha mãe.
No momento que, dormindo, Haruka acomodou a minha cabeça contra o seu peito, eu tive vontade se simplesmente fechar os olhos e ficar lá parada.
Mas é obvio, aquilo não era possível. Muito corada, eu o afastei leve e delicadamente. Mesmo dormindo, o garoto era muito gentil, a sua maneira. Foi fácil de me desvencilhar dele.
Encarei o rosto do menino após ter me afastado e quase dei um risinho. Eu já o havia visto dormir, mas... bem, não era nada como aquilo. Cochilos rápidos encostado em algum lugar, mas nunca o vira adormecido após uma noite inteira de sono.
Era bonitinho. O jeito que os olhos dele se contraiam ligeiramente, como se estivesse tendo um sonho interessante ou pensando. Conhecendo Haruka, provavelmente era algo que envolvia dinossauros ou os mundos que ele criava para si mesmos em seus desenhos.
O cabelo escuro desgrenhando caia sobre a pele pálida e olhos. Meio que por um impulso, eu estendi a mão, quase o tocando...
Então ele abriu os olhos. Soltei uma exclamação de surpresa que mais se assemelhou a um grito e me afastei rapidamente, puxando o tecido que estávamos usando como coberta comigo.
Bati a cabeça em uma árvore que estava próxima e xinguei, baixinho, enquanto massageava o local atingido. Haruka se sentou, coçando os olhos.
- Desculpa, eu acordei você - ele falou, parecia realmente arrependido com tudo aquilo. Eu realmente não sabia dizer qual de nós estava mais corado.
Mas Haruka não havia percebido nada de estranho e... e isso era bom... provavelmente...
- Ah, na realidade eu que deveria falar isso e... - tentava me explicar, apertando o tecido com tanta força que os nós de meus dedos ficaram brancos.
- O que é isso?
Ele se aproximou.
Pela primeira vez, eu percebi o quanto aquele manto era estranho.
Nenhum de nós estava com ele noite passada.
Uma analise mais atenta, mostrava que ele era uma especie de capa, vermelha como sangue. Talvez algo bem parecido com o que a Chapeuzinho Vermelho usava na história.
O menino catou um papel que havia caído no chão, talvez vindo do capuz.
- "Isso pertenceu a sua mãe antes dela morrer, está na hora de eu devolver a você" - ele leu em voz alta e depois me passou o papel, escrito com uma caligrafia forte e elegante - É o que está escrito.
- Maman... - que abracei a capa, muito feliz. Era uma das primeiras coisas que eu havia ganho que pertenceram a ela - AH! Está de dia! Isso significa que eu... que nós passamos a noite aqui!?
- Bem... é o que parece...
- Droga, Haruka! Pense direito! - o meu rosto estava vermelho de raiva com a perspectiva do que eu podia encontrar na casa - O que vão falar...
- Então... vamos para casa, ok? - ele se levantou e me estendeu a mão - Juntos. Como os velhos tempos...
Eu o segurei.
Novamente, aquele calor me invadiu. O calor de um ser vivo.
Enquanto andávamos pela floresta, eu estava coberta com a capa. Eu a apertava com força com uma mão, enquanto a outra estava ocupada, me deixando ser guiada por Haruka.
- Feliz aniversario, Takane... - ele murmurou baixinho.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Qua Nov 28, 2012 7:25 am
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O fato é que: O rapaz que entrou na casa não se moveu a noite inteira, parecia até uma estátua de cera, com as mãos dentro dos respectivos bolsos do moletom, o capuz sobre a cabeça cobrindo os olhos e o cabelos azuis escuros, quase negros e a cabeça baixa.
O sol raiou e nada dele se mexer.
Desci as escadas de dois em dois degraus, uma cara de tédio e sono se mesclavam no meu rosto, eu quase não conseguia ver nada, quando cheguei na sala, uma voz se dirigiu a mim:
- Bom dia, Lyon...
- Ahn... Bom Dia... - Perai, a voz daquele outro era igual a minha.
- Café?
- Pode ser...
- Ok, pode ir voltar a dormir enquanto eu faço o café da manhã... - O outro se levantou, finalmente, e foi até a cozinha.
- Sério, obrigado... - Bocejei e subi as escadas, tanto faz se a voz do cara lá era igual a minha, eu só queria dormir...
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Qua Nov 28, 2012 2:50 pm
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Ele me encarou com uma expressão ambígua.
Devolvi o olhar de Lyon com o rosto mais assassino que conseguia.
Haruka parecia ser capaz de sorrir mesmo em uma situação como aquela.
Como aquilo... terminara assim?
Enquanto andávamos pela floresta, eu encarava a minha mão, os dedos sutilmente entrelaçados com os de Haruka.
Ele me via... ele me via como uma gatinha assustada e fofa que não conseguia fazer nada sozinha. Aquela mão... eu deveria larga-la...
Mas eu não tomei coragem de faze-lo até ver a dura realidade, a porta deslizante de vidro fosco e madeira, arranhando ao chão enquanto era afastada.
Eu fiquei dura e me encolhi embaixo da capa, usando a mão que estava segurando a de Haruka para colocar o capuz sobre o rosto.
Foi ai que todos os meus problemas começaram, a partir do sorrisinho ambíguo de Lyon.
A mente dele deve funcionar de uma maneira especial. Ou talvez ele simplesmente force os detalhes a se encaixarem.
As nossas roupas estavam uma bagunça. Meu cabelo provavelmente estava um ninho de rato. Diferente de Haruka, eu correra muito ontem e tivera que ficar desviando daquelas sakuras malditas de Harusame, o que me dera um jeito doloroso de andar.
De alguma maneira, ele conseguira entender tudo errado.
- Ah, que trágico - o comentário dele...
Que droga de tom que lembrava horrivelmente o Haruka quando ele estava tentando me provocar era aquele?
- E então, como foi o treino?
Ahn?
Sério?
Lyon...
Lyon estava na cozinha segurando uma espatula e uma frigideira. O chiado como ovos ou bacon sendo fritos vinha de lá, junto com uma fumaça negra.
E o cheiro era tão terrível que me fazia querer vomitar.
- O que é isso!?
- AH! Lyon-san!! - Haruka parecia alarmado. Eu sabia que ele não suportava cachorros e a expressão dele era parecida da de quando ele encontrava um por acaso na rua - Isso vai...!
O óleo espirrou nele.
Tive que me controlar para não cair na gargalhada.
O garoto Pheles gritava uma série de palavrões que seriam dignos de chegar aos pés das minhas ofensas, sendo alguns inclusive bem criativos.
Eu suspirei, irritada.
- Haruka?
- S-Sim!?
- Cozinhe algo descente para o café da manhã - o instrui, pensativa. Então agora eu tinha dezesseis, enquanto o menino só tinha quinze, huh? Fazer aniversario não era tão ruim assim - Deixe o almoço pronto também, mas só para dois. E faça dois obentos! Com tamagoyaki no meu! Saímos logo depois do café!
Subi as escadas rapidamente.
- Arah?
Tranquei a porta atrás de mim.
Irritada, comecei a me despir. Jogando a roupa em um canto qualquer, comecei a tomar um banho frio enquanto a água esquentava.
O que havia de errado comigo?
O meu último segredo com quinze anos fora que eu beijara o meu melhor amigo e dormira com ele.
Mas nada aconteceu, então...
Não, definitivamente, alguma coisa havia acontecido.
Eu me sentia tão... leve.
Parecia que eu... parecia que eu passara a conhecer mais o Haruka.
Eu tentava me decidir. Que droga havia acontecido antes?
Por que eu fora tão estupida a ponto de só me importar com aquilo agora?
Eu estava tão feliz que...
Espera, por que eu estava feliz!?
Ah... aquilo era confuso...
De certa forma, eu sentia que sozinha, com Haruka, eu poderia ser eu mesma...
As outras pessoas... as outras pessoas só estavam ali para me ferir. Eu sempre fugia antes que tudo e todos não passassem de um ponto, pois esse ponto se alongava e se ligava, fazendo uma faca que iria te ferir.
Ah... se houvessem apenas eu e você no mundo, com certeza seria ótimo...
Espera...
Aquilo...
Fechei os olhos por um instante, tentando me lembrar.
Eu já havia escutado aquilo... não, eu já havia dito aquilo. Quando? Como fora? Para quem eu dissera?
Não... eu estava mais interessada no que viera a seguir... o que era mesmo?
O nome de Haruka. Eu tinha certeza que havia dito o nome de Haruka. Mas então...
Eu deixei uma exclamação de surpresa sair da minha boca ao mesmo que um gemido de dor rápido veio do outro lado da parede, junto com um baque seco. Assustada, escorreguei e me apoiei no furô.
Deixei um pequeno grito escapar com o calor que vinha da madeira.
- Takane? É você, Takane, não é? Está tudo bem?
- Haruka? O que vo... Esquece. Eu só me queimei um pouco - expliquei, lambendo onde eu havia me machucado - E você? Foi você que gritou agora a pouco, não?
- Ah, eu escorreguei - pausa. Me sentei no chão, contra a parede, escutando as palavras do menino - Você se machucou? Quer que eu vá ai e...
- NEM PENSE NISSO! - meu grito foi tão alto que reverberou na casa inteira. Eu corei - Geehz, você não pensa em nada?
- D-Desculpa!
- Haruka, você vai acabar sendo chutado por uma menina se continuar assim - comentei, massageando a testa, irritada. Qual era o problema com aquele cara?
- Ah, desculpa, Takane...
- AH, ISSO ME IRRITA! - reclamei, finalmente. A minha mente continuava em meus pensamentos anteriores - Eu não entendo e isso me irrita!
- Eeh... Takane?
- Por que é tão ruim conversar com você quando eu não olho para o seu rosto? - silêncio. Eu me arrastei para dentro da banheira, ignorando a dor e a água quente - Eu fico querendo estar com você e a sua voz chega até mim, mas eu não posso alcança-lo...
- Takane, você está comigo - o menino comentou, baixinho. Eu abracei os meus joelhos - Há apenas uma parede entre nós.
E então, não houve mais som vindo do outro lado.
==/==
5 de novembro, faltando poucas horas para o meio-dia, o clima estava bom. Raios de sol tão brilhantes que poderiam me fazer sentir doente chegavam a minha face.
Descendo a escada, eu encarei os meninos com um olhar que misturava desprezo e arrogância. Haruka deixou uma xícara cair e ela se estilhaçou ruidosamente no chão, enquanto Lyon continuava indiferente.
Huh... então o guardião podia fazer aquele tipo de expressão.
- Ta-Ta-Ta-Ta-Ta-Takane! - o garoto estava tão corado que eu quase ri um pouco. Em vez disso, tirei os meus cabelos que estavam presos ao redor do meu pescoço - MASOQ!... Essas roupas...! Como... quando... quem... ?
- Você não gostou? - perguntei, com a voz mais arrogante que eu consegui fazer, enquanto suprimia a risada - Foi você que escolheu, não?
- Essa é a minha de triceratops! Além q-que...
- Hoje você vai tomar responsabilidade por seus atos - disse com um olhar assassino - E eu peguei a bolsa emprestada, algum problema? Ah, o seu nariz está sangrando, a proposito. Você bateu ele em algum lugar?
A verdade por trás daquilo? Eu esteva esperando um motivo para usar aquele biquíni. Eu cruzei os braços, ocultando ligeiramente as marcas amarelas no tecido preto. O meu casaco estava fechado até pouco antes do peito, de forma que ele ocultasse boa parte do meu corpo. Dentro da sacola verde, estava CR e a capa que a minha mãe me dera, além de uns lanches, duas garrafas d'água e algumas mudas de roupas extras.
Sem nenhuma cerimonia, desviei da xícara quebrada e peguei uma torrada e os obentos que estavam em cima da mesa, indo até a sacada que dava para a praia.
- Vamos, Haruka.
- Eh? Onde?
- Não é obvio? Você vai receber a sua punição por ser um adversário nada favorável - reclamei, me virando para ele - Nós vamos nadar.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Qua Nov 28, 2012 5:31 pm
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Bocejei, e inconscientemente abracei Momo, ela, por algum motivo, gemeu baixinho.
Lá embaixo o pseudo-Lyon ria da "punição" de Haruka.
- Sério isso? Nadar é a punição? - Gargalhou. Então olhou atentamente para as roupas dela. - Oe, Takane... Não, acho melhor não falar.
Ele gargalhou.
Momo gemeu novamente, só que um pouco mais alto.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Qui Nov 29, 2012 10:41 am
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- Não diga isso, Lyon-san... - a expressão de Haruka poderia ser dada como alguém que estava prestes a chorar de medo, se não fosse o seu sorriso que dizia uma coisa não muito diferente - Takane está com uma aura assassina agora...
Irritada, eu simplesmente agarrei a mão do menino e o arrastei para fora da casa. Os meus pés tocaram a areia quente, mas não me importei. O conduzindo, nos afastamos cada vez mais da casa.
- Sinceramente, você é um idiota!
- Mas... - ele estava corado. Durante o silêncio que pendurou entre nós, a casa sumiu de vista. O mar azul estava a nossa direita e uma infinidade de areia a nossa frente, até onde a vista alcançava. A esquerda, uma pequena mata que seguia paralela a praia - Desculpa, eu simplesmente não consigo pensar direito com você assim.
- Como eu estou? Irritada? Odiável? Feia? Ou...
- "Incrivelmente bonita" se encaixaria mais na ocasião...
Eu o empurrei na água.
Pouco me importava a roupa que Haruka estava usando, mas uma analise mais atenta mostrava que ele estava preparado para nadar. Usando uma camiseta branca e calção de banho, ele caiu de costas dentro do mar.
- Missão número 1: me toque - provoquei, cruzando os braços. Ele me encarou, confuso, enquanto eu o encarava com uma expressão divertida - Vamos, não tenho o dia inteiro. Haruka, me toque.
- C-Como assim...
- É um jogo - expliquei pacientemente. Meu olhar começava a se inquietar - Me toque, nem que seja um fio de cabelo, e você venceu.
- Então... eu tenho que acertar em você, certo? Só isso?
- Só isso.
Enfiei as mãos no bolso.
Lentamente, ele se levantou.
Duas coisas aconteceram ao mesmo tempo.
A primeira, Haruka investiu na minha direção, como se fosse agarrar a minha cintura ou os meus pulsos e me derrubar.
A segunda... eu saltei graciosamente sobre o garoto e girando lentamente, o encarei.
- Você está levando isso a sério - o meu rosto tinha um misto de divertimento e severidade - Isso é bom.
- Eu sou sério com tudo.
- Verdade?
Mais uma vez, ele tentou pegar a minha mão.
Eu estava fazendo aquilo com o objetivo de me distrair.
Tanto faz. Eu só pensava em outra coisa.
Nas palavras de Haruka.
Sim... havíamos sido amigos por muito tempo. Se... se amanhã eu simplesmente pudesse sentar na sala com ele e conversar com ele, como sempre havíamos feito, estaria tudo bem. Por que dizer coisas que poderiam complicar tudo?
Mas estava tudo bem com isso?
Eu havia começado a fazer essa pergunta para mim mesma quando Haruka colapsou daquela vez. Antes que eu percebesse, porém, já era verão e então um ano passara.
Agora, naquele dia, fazia oficialmente dois anos que eu me perguntava... que eu me perguntava se tudo estava realmente bem.
E mesmo assim, eu não chegava a uma resposta conclusiva. Nem a minha pergunta, nem a razão de eu questionar aquilo.
Dez minutos haviam se passado desde que brincávamos, sem que eu tirasse as mãos dos bolsos. Nem uma garota de suor escorria em meu rosto e apenas os meus joelhos e pés estavam molhados.
Ao contrario de mim, Haruka parecia quase desesperado. Todo molhado, a sua camiseta branca estava exarcada e parecia que ele estava nadando, não brincando de pega-pega.
E então, ele conseguiu me derrubar.
I laughed a bit
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sex Nov 30, 2012 5:06 pm
A Devil in the World
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- Eu não ligo.. - O pseudo-Lyon bocejou. - Aura assassina ou não, eu não tenho medo da Takane ~ ♪
A garota se irritou e saiu de casa em direção a praia com Haruka, enquanto o rapaz que invadira a casa na madrugada voltou para o seu lugar no sofá.
Enquanto isso, Momo descia as escadas vestindo apenas uma camisa de botão branca de mangas longas e mais nada por baixo.
- Lyyyon! Você é rápido! - Ela falou, com um sorriso meigo no rosto. - Agora a pouco você ainda estava dormindo.
Ela sentou-se ao lado dele e abraçou o braço do rapaz.
- Hehe. Ei, quer ver uma mágica? - Ele perguntou, com um sorriso maroto tomando conta se seus lábios.
- Sim! ~ ♥ - Lyon apontou para a janela que dava visão para praia, apontou para Haruka e Takane que pareciam estar brincando de pega-pega, USHAUSHA. O Pseudo-Lyon girou o dedo indicador algumas vezes e dois pilares de areia, antes fofa, agora sólida como cimento se ergueram e começaram a cair, na direção de Haruka e Takane.
- hehehe...
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sex Nov 30, 2012 6:14 pm
To be honest...
Even music fetters my body now. Everytime I wish for a miracle, I get denied. I’m sorry. Whenever I remember your sweet face, I hear the sound of tearing breaking memories. Heart-groping, the oncoming end. The thing I protected was a light that showed me a bright future.
Takane are wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links]
Ele me empurrou contra o chão e me abraçou, em uma atitude protetora.
Eu nunca havia pensado que Haruka pudesse ser tão pesado. Pela primeira vez, eu me dei conta... aquilo era completamente diferente do meu relacionamento com Ayano. Ele era...
Ele era um garoto.
Mantendo o corpo rígido, demorou um pouco para eu processasse todos os detalhes. Demorou um pouco, mas enfim eu relaxei um pouco.
O meu coração batia acelerado. Eu nunca estivera tão perto do garoto antes. Tão perto de ninguém antes. A posição que eu estava era meio desconfortável, mas...
Um cheiro de sal e ferro inundou as minhas narinas.
O que era aquilo que pingava no meu rosto?
Sangue?
Haruka se afastou um pouco. Seus cabelos estavam ensopados e vermelhos e ele parecia cansado. Ele se forçou a sorrir e eu quis dar-lhe um soco.
Prendi a respiração.
- Takane, você está bem? - a sua voz estava meio fraca. Meus olhos tremiam enquanto o sangue do garoto escorria pelo seu cabelo - Se machucou?
- Haruka, você... Agora a pouco...
- Ah, isso? Só um arranhão - ele se sentou dentro d'água e eu segui os seus passos. Olhando de perto, ele até que estava bem. Coberto de areia, mas bem - Aquilo foi geocinese. Bem amadora, mas bem irritante. Ainda bem que eu estou com Harusame, ser atingido por aquilo iria deixar uma marca bem feia...
Eu ri.
- Falou como Takanashi Akira agora - escondi o meu rosto com a mão, involuntariamente. Haruka desviou o olhar, corando - Afinal... por que você assina as suas pinturas assim? Haruka é um nome tão lindo...
- Não era para eu me chamar Haruka, sabe... era para eu ter tido uma irmã. Ela iria se chamar Ruka, então juntaram nossos nomes... Haru e Ruka. Haruka - ele disse aquilo meio melancólico. Abracei meus joelhos.
- Por que Takanashi?
- Eu pensei em Okamine - ele admitiu, dando ombros. Haruka era um pintor genial, talvez o melhor do distrito. Mas mesmo assim, ele era um dos únicos que assinava com um pseudônimo ou sequer identificava as suas obras - Mas não há lobos. Nem gaviões. Apenas um passarinho brincalhão.
- E Akira?
- Você ama o outono.
Então reinou o silêncio.
Ele se levantou e me estendeu a mão. Fomos em direção a areia, pegamos a sacola e nos afastamos da casa, parando de caminhar apenas várias horas depois, quando o sol estava alto e nossos estômagos roncavam.
Eu nunca havia pensado que Haruka pudesse ser tão pesado. Pela primeira vez, eu me dei conta... aquilo era completamente diferente do meu relacionamento com Ayano. Ele era...
Ele era um garoto.
Mantendo o corpo rígido, demorou um pouco para eu processasse todos os detalhes. Demorou um pouco, mas enfim eu relaxei um pouco.
O meu coração batia acelerado. Eu nunca estivera tão perto do garoto antes. Tão perto de ninguém antes. A posição que eu estava era meio desconfortável, mas...
Um cheiro de sal e ferro inundou as minhas narinas.
O que era aquilo que pingava no meu rosto?
Sangue?
Haruka se afastou um pouco. Seus cabelos estavam ensopados e vermelhos e ele parecia cansado. Ele se forçou a sorrir e eu quis dar-lhe um soco.
Prendi a respiração.
- Takane, você está bem? - a sua voz estava meio fraca. Meus olhos tremiam enquanto o sangue do garoto escorria pelo seu cabelo - Se machucou?
- Haruka, você... Agora a pouco...
- Ah, isso? Só um arranhão - ele se sentou dentro d'água e eu segui os seus passos. Olhando de perto, ele até que estava bem. Coberto de areia, mas bem - Aquilo foi geocinese. Bem amadora, mas bem irritante. Ainda bem que eu estou com Harusame, ser atingido por aquilo iria deixar uma marca bem feia...
Eu ri.
- Falou como Takanashi Akira agora - escondi o meu rosto com a mão, involuntariamente. Haruka desviou o olhar, corando - Afinal... por que você assina as suas pinturas assim? Haruka é um nome tão lindo...
- Não era para eu me chamar Haruka, sabe... era para eu ter tido uma irmã. Ela iria se chamar Ruka, então juntaram nossos nomes... Haru e Ruka. Haruka - ele disse aquilo meio melancólico. Abracei meus joelhos.
- Por que Takanashi?
- Eu pensei em Okamine - ele admitiu, dando ombros. Haruka era um pintor genial, talvez o melhor do distrito. Mas mesmo assim, ele era um dos únicos que assinava com um pseudônimo ou sequer identificava as suas obras - Mas não há lobos. Nem gaviões. Apenas um passarinho brincalhão.
- E Akira?
- Você ama o outono.
Então reinou o silêncio.
Ele se levantou e me estendeu a mão. Fomos em direção a areia, pegamos a sacola e nos afastamos da casa, parando de caminhar apenas várias horas depois, quando o sol estava alto e nossos estômagos roncavam.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Sáb Dez 01, 2012 8:00 am
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O outro Lyon cerrou os dentes. "Droga, aquele cara é feito de quê?!" Gritou em sua mente, o jeito que ele fez o pilar cair sobre eles, dava muito bem para quebrar alguns ossinhos.
Momo percebeu a raiva no rosto do rapaz.
- L-Lyon, o que foi? - O outro imediatamente mudou sua expressão de raiva para um sorriso acolhedor.
- Nada, hehe, estava apenas pensando...
- Pensando no quê?
"Em como matar você e todos os seus amigos."
- Pensando na relação daqueles dois...
Os dois riram.
- Ei, Momo... - Ele disse. - Quer montar uma armadilha?
- Pra Takane e pro Haruka? Sim! ~ ♥
Um sorriso maligno tomou conta do rosto do menino, ele se levantou do Sofá junto com Momo, então eles desceram as escadas que davam até a praia para começar a cavar um buraco na base da escada.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Takane Shion Sáb Dez 01, 2012 10:17 am
To be honest...
Even music fetters my body now. Everytime I wish for a miracle, I get denied. I’m sorry. Whenever I remember your sweet face, I hear the sound of tearing breaking memories. Heart-groping, the oncoming end. The thing I protected was a light that showed me a bright future.
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- T-Tamagoyaki! - eu soltei um suspiro de felicidade depois de colocar um pedaço daquilo que parecia um omelete na boca. O meu obento fora preparado com o que tínhamos na casa, mas mesmo assim estava ótimo - O tofu também está ótimo! E onde você arranjou arroz e molho agridoce? Sem falar no shoyo...
- Ah, que bom que você gostou. Eu ia fazer takoyaki também, mas não achei polvo - Haruka colocou um pouco de arroz na boca.
Estávamos abrigados sobre as sombras das árvores e havíamos parado para almoçar. O menino havia se emprenhado fazendo os lanches. E pensar que ele sobrevivia de comida congelada e miojo quando estava sozinho...
- Ah... olhando assim, esse mundo parece um lugar maravilhoso - comentei, distraída. A sombra fresca, o mar a frente, aquele resquício de primavera pairando no ar - É ótimo... parece que há apenas eu e você no mundo.
- Sim... isso poderia durar para sempre. Nós dois, aqui, vendo o oceano.
- Qual é o problema com a gente? - perguntei, dando um risinho triste enquanto colocava o meu almoço de lado, abraçando os meus joelhos - Estamos simplesmente dizendo que todos no mundo poderiam morrer, se isso nos deixasse sozinhos. Ninguém deveria morrer levianamente assim.
- Sim, mas... bem, é possível. Ficarmos sozinhos - Haruka comentou, também colocando o seu almoço mal tocado perto do meu - Quero dizer, não aqui... em algum lugar mais ao norte, onde poderíamos ver as ameixeiras desabrocharem. Algum lugar afastado das pessoas, no meio das montanhas ou coisa assim. Poderíamos construir uma casa, fugir por um tempo. Viver afastados do mundo.
- Poderíamos ter uma biblioteca - comentei, sonhadora. Aquele era o primeiro plano para o futuro que eu fazia, então eu estava... bem, eu estava empolgada - E poderíamos viver em um lugar perto do mar, como aqui... Nós também poderíamos construir uma f...
Eu não consegui me controlar antes que a frase comprometedora saísse.
- Uma o que? - Haruka olhava para mim com aqueles dois olhos cinzentos, cheios de expectativas.
Era como um buraco negro, exercendo uma atração magnética sobre mim e me impedindo de desviar o olhar. Nada escapava deles. Não havia luz ou calor naqueles dois olhos, como uma tempestade.
Mesmo assim, eles passavam uma impressão de calmaria.
- Uma... uma... uma família. Você é como o meu irmão, sabe? E eu sempre quis isso, então... - a minha voz saia um tom mais fina do que eu realmente queria. Falando rápido daquela maneira, eu torcia para que Haruka entendesse; eu não conseguiria repetir tudo aquilo de novo.
- Só um irmão?
Aquilo soou extremamente depressivo.
- Desculpa - consegui murmurar, triste também - É que eu simplesmente não consigo me imaginar fazendo isso. Me casando, tendo filhos... Eu... eu não posso trazer uma criança para esse mundo. Ela vai sofrer, estou certa disso. E também... eu seria uma péssima mãe.
- E-Eu não acho isso! - Haruka estava vermelho. Então eu percebi que eu não deveria estar discutindo aquilo - Quero dizer... Takane é gentil e carinhosa. Eu não lembro muito da minha mãe, exceto que ela me amava e era gentil. Isso não é suficiente? Quero dizer... eu gostaria de ter filhos, um dia, mas eu não posso. Não posso correr o risco de morrer e abandona-los. É uma surpresa que eu esteja vivo até hoje.
- Haruka... você... você perdeu a sua mãe?
Ele me olhou, pálido.
Por melhor mentiroso que ele fosse, as vezes nem Haruka conseguia controlar o que ele falava. Desviando o olhar, ele fixou os olhos em algum lugar indistinto do horizonte.
- D-Desculpa, eu não sabia...
- Não, está tudo bem. Na realidade, achei que você soubesse. Eu sou um órfão - o menino deixou escapar um suspiro melancolico que não tipico dele. Eu estendi a minha mão, como se quisesse toca-lo e consola-lo, mas não o fiz. Pela primeira vez, eu me identifiquei com ele - Minha família foi assassinada quando eu era pequeno, então eu não me lembro muito bem deles.
Silêncio.
Eu era uma especie de idiota ou o que?
- É legal? - deixei escapar.
- O que?
- Sabe... ter pais. Eu... eu perdi a minha mãe antes que eu conseguisse falar direito e meu pai... ele não é do tipo muito fraternal. Eu passei a minha vida quase inteira sem saber que ele estava vivo - ele já sabia de tudo aquilo, mas eu queria me lembrar daquilo. Eu era simplesmente uma existência a parte, uma ferramenta.
- Eu não me lembro bem deles. Mais da minha mãe do que do meu pai, na realidade - ele comentou, pegando uma folha que havia caído ao lado dele - Eu sei que o meu pai era uma pessoa rigorosa e que ele brigava muito com a mamãe. Ela morreu antes... eu deveria ter uns três, quatro anos na época. Meu pai deve ter morrido quando eu tinha uns seis anos. Não me lembro do rosto dele, mas ainda tenho pesadelos com isso...
- Você disse que eles foram assassinados... então...
- Bem, sim. Na minha frente e da minha irmã mais nova - um arrepio percorreu o corpo de Haruka. Era obvio que estava sendo difícil para ele falar tudo aquilo - Podemos mudar de assunto?
- Sim... ei... - eu dei um beijo na testa dele e o guardião me encarou, perplexo - Isso é o máximo que eu tenho coragem de fazer, mas eu estarei do seu lado. Eu... eu prometo que um dia não vamos precisar mais correr por nossas vidas. Poderemos ir ao parque tranquilamente e comprar tudo o que quisermos. V-vamos construir uma casa para nós dois, então vamos viver lá até morrermos, ok?
- Venha cá.
Ele me deitou e apoiou a minha cabeça no peito dele.
- O-O que você está fazendo... ?
- Apenas cochile um pouco - ele me aconselhou, colocando a folha na frente da boca e assoviando, testando o som que ela fazia - Provavelmente esse será o nosso único dia de folga em muito tempo. Você está sempre preocupada com alguma coisa, Takane. Relaxe um pouco.
Obedecendo a ele, eu fechei os meus olhos um pouco.
Logo, estava adormecida ao som de Kagome, Kagome.
- Ah, que bom que você gostou. Eu ia fazer takoyaki também, mas não achei polvo - Haruka colocou um pouco de arroz na boca.
Estávamos abrigados sobre as sombras das árvores e havíamos parado para almoçar. O menino havia se emprenhado fazendo os lanches. E pensar que ele sobrevivia de comida congelada e miojo quando estava sozinho...
- Ah... olhando assim, esse mundo parece um lugar maravilhoso - comentei, distraída. A sombra fresca, o mar a frente, aquele resquício de primavera pairando no ar - É ótimo... parece que há apenas eu e você no mundo.
- Sim... isso poderia durar para sempre. Nós dois, aqui, vendo o oceano.
- Qual é o problema com a gente? - perguntei, dando um risinho triste enquanto colocava o meu almoço de lado, abraçando os meus joelhos - Estamos simplesmente dizendo que todos no mundo poderiam morrer, se isso nos deixasse sozinhos. Ninguém deveria morrer levianamente assim.
- Sim, mas... bem, é possível. Ficarmos sozinhos - Haruka comentou, também colocando o seu almoço mal tocado perto do meu - Quero dizer, não aqui... em algum lugar mais ao norte, onde poderíamos ver as ameixeiras desabrocharem. Algum lugar afastado das pessoas, no meio das montanhas ou coisa assim. Poderíamos construir uma casa, fugir por um tempo. Viver afastados do mundo.
- Poderíamos ter uma biblioteca - comentei, sonhadora. Aquele era o primeiro plano para o futuro que eu fazia, então eu estava... bem, eu estava empolgada - E poderíamos viver em um lugar perto do mar, como aqui... Nós também poderíamos construir uma f...
Eu não consegui me controlar antes que a frase comprometedora saísse.
- Uma o que? - Haruka olhava para mim com aqueles dois olhos cinzentos, cheios de expectativas.
Era como um buraco negro, exercendo uma atração magnética sobre mim e me impedindo de desviar o olhar. Nada escapava deles. Não havia luz ou calor naqueles dois olhos, como uma tempestade.
Mesmo assim, eles passavam uma impressão de calmaria.
- Uma... uma... uma família. Você é como o meu irmão, sabe? E eu sempre quis isso, então... - a minha voz saia um tom mais fina do que eu realmente queria. Falando rápido daquela maneira, eu torcia para que Haruka entendesse; eu não conseguiria repetir tudo aquilo de novo.
- Só um irmão?
Aquilo soou extremamente depressivo.
- Desculpa - consegui murmurar, triste também - É que eu simplesmente não consigo me imaginar fazendo isso. Me casando, tendo filhos... Eu... eu não posso trazer uma criança para esse mundo. Ela vai sofrer, estou certa disso. E também... eu seria uma péssima mãe.
- E-Eu não acho isso! - Haruka estava vermelho. Então eu percebi que eu não deveria estar discutindo aquilo - Quero dizer... Takane é gentil e carinhosa. Eu não lembro muito da minha mãe, exceto que ela me amava e era gentil. Isso não é suficiente? Quero dizer... eu gostaria de ter filhos, um dia, mas eu não posso. Não posso correr o risco de morrer e abandona-los. É uma surpresa que eu esteja vivo até hoje.
- Haruka... você... você perdeu a sua mãe?
Ele me olhou, pálido.
Por melhor mentiroso que ele fosse, as vezes nem Haruka conseguia controlar o que ele falava. Desviando o olhar, ele fixou os olhos em algum lugar indistinto do horizonte.
- D-Desculpa, eu não sabia...
- Não, está tudo bem. Na realidade, achei que você soubesse. Eu sou um órfão - o menino deixou escapar um suspiro melancolico que não tipico dele. Eu estendi a minha mão, como se quisesse toca-lo e consola-lo, mas não o fiz. Pela primeira vez, eu me identifiquei com ele - Minha família foi assassinada quando eu era pequeno, então eu não me lembro muito bem deles.
Silêncio.
Eu era uma especie de idiota ou o que?
- É legal? - deixei escapar.
- O que?
- Sabe... ter pais. Eu... eu perdi a minha mãe antes que eu conseguisse falar direito e meu pai... ele não é do tipo muito fraternal. Eu passei a minha vida quase inteira sem saber que ele estava vivo - ele já sabia de tudo aquilo, mas eu queria me lembrar daquilo. Eu era simplesmente uma existência a parte, uma ferramenta.
- Eu não me lembro bem deles. Mais da minha mãe do que do meu pai, na realidade - ele comentou, pegando uma folha que havia caído ao lado dele - Eu sei que o meu pai era uma pessoa rigorosa e que ele brigava muito com a mamãe. Ela morreu antes... eu deveria ter uns três, quatro anos na época. Meu pai deve ter morrido quando eu tinha uns seis anos. Não me lembro do rosto dele, mas ainda tenho pesadelos com isso...
- Você disse que eles foram assassinados... então...
- Bem, sim. Na minha frente e da minha irmã mais nova - um arrepio percorreu o corpo de Haruka. Era obvio que estava sendo difícil para ele falar tudo aquilo - Podemos mudar de assunto?
- Sim... ei... - eu dei um beijo na testa dele e o guardião me encarou, perplexo - Isso é o máximo que eu tenho coragem de fazer, mas eu estarei do seu lado. Eu... eu prometo que um dia não vamos precisar mais correr por nossas vidas. Poderemos ir ao parque tranquilamente e comprar tudo o que quisermos. V-vamos construir uma casa para nós dois, então vamos viver lá até morrermos, ok?
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- Venha cá.
Ele me deitou e apoiou a minha cabeça no peito dele.
- O-O que você está fazendo... ?
- Apenas cochile um pouco - ele me aconselhou, colocando a folha na frente da boca e assoviando, testando o som que ela fazia - Provavelmente esse será o nosso único dia de folga em muito tempo. Você está sempre preocupada com alguma coisa, Takane. Relaxe um pouco.
Obedecendo a ele, eu fechei os meus olhos um pouco.
Logo, estava adormecida ao som de Kagome, Kagome.
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Re: Through the Trees ♣ Aventura para Takane Shion e Lyon Waker
por Lyon P. Walker Dom Dez 02, 2012 5:27 pm
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- Ah, Momo, se eu me lembro bem, tem uma pá lá na dispensa... - Por que diabos haveria uma pá na dispensa?
Mas sem questionar Momo entrou na casa novamente e voltou com uma pá, ela começou a cavar, mas logo se deu conta que poderia virar um animal.
- Ah, Lyon, eu posso virar uma toupeira para cavar isso mais rápido. - O Pseudo-Lyon assentiu com a cabeça.
Momo começou a alterar sua forma, até virar uma toupeira cor de rosa um pouco maior do que as toupeiras comuns e começou a cavar um buraco em frente a escada.
Demorou alguns minutos, mas quando buraco ficou pronto, ele tinha mais de 6 metros de altura e tinha uma largura de 2 metros.
- Ok, agora o toque final... - A areia ao redor se junto acima do buraco, formando um falso piso que cederia facilmente a qualquer estímulo.
O outro Lyon e Momo entraram na casa novamente.
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