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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

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Mensagem por Takane Shion Sáb Out 27, 2012 8:54 pm




Heat-haze days

The sneering heat haze plunders away one darkened world after another. It's been repeating for tens of years. You probably have noticed by now.This kind of frequently told story has only one ending, but it can be found beyond those repeating summer days.

Someday... someday, forever after
- Wah... - Haruka espreguiçou, sonolento. Eu o encarei de soslaia, preocupada. De certa forma, eu estava sempre preocupada desde que aquilo havia acontecido, com medo que ele também piorasse. Eu não podia me permitir ter mais deslizes como aquele - Ver a Takane de biquíni, com certeza essa é uma oportunidade única na vida... ♪♫

- Eu não vou comprar um biquíni -
comentei, ameaçadora. Já havíamos feito as compras que precisávamos para passar o inverno na casa de veraneio no Caribe que eu havia conseguido arranjar com a minha avó. Eu havia convidado Raven e Momo também mas... argh, como eu iria me aguentar duas semanas sozinha com aquele garoto? - Eu vou comprar qualquer roupa de banho que eu encontrar, de preferencia algo que não deixe meu umbigo a mostra.

- O seu maio apodreceu desde a última vez que nadamos -
ele me lembrou. Eu corei, irritada: não queria receber comentários de alguém como Haruka - Você tem que parar de ser tão descuidada, Takane!

- Você tem algo para nadar, falando nisso? -
lhe perguntei, irritada. Na realidade, não tinha nada a ver com o biquíni a minha irritação: eu faria 16 em duas semanas, o que significava que meu pai estava um ano mais perto de arruinar a minha vida...
E eu não havia visto o garoto comprar nada para mim, não que não tivesse me dado na hora, mesmo tendo passado o dia inteiro na galeria. Eu já havia comprado o presente dele.

- Sim - ele comentou, sorrindo e apontou para a loja de roupas de banho - E então, quer comer alguma coisa saindo daqui?

- Eu ia te cobrar o sorvete que você está me devendo, mas... -
novamente, suspirei irritada - Você vai me fazer algum doce quando voltarmos para a academia. De preferencia, um bolo.

- Ok, ok -
ele disse, ainda sorrindo. Eu me perguntava as vezes que lagrimas aquele pierrot alegre escondia por trás da sua mascará mas...
Corei quando me dei conta do que eu estava pensando, então desviei o olhar, soltando uma exclamação irritada.

- O que você está fazendo? Me ajude a achar alguma coisa do meu tamanho!


Alguns minutos na loja, e estávamos exaustos.
- Impossível! - reclamei, irritada, me sentando em um banco na loja de roupas de banho deserta - Impossível! Impossível! Completamente impossível! Onde foram os maios?

- Bem, estamos fora da época, então é natural que hajam poucos... -
falou Haruka, tentando me fazer escutar a voz da razão - Mas a Ta-chan também é uma A-Cup pequenina, então não é melhor olharmos na seção infantil? ♥

- Nunca mais... -
comentei com intenções assassinas, tampando a boca dele - Nunca mais mencione isso em publico...

- Ah... desculpe, eu... -
ele gesticulava freneticamente com as mãos, tentando se explicar de alguma maneira. De repente, Haruka pegou um biquíni preto, amarelo e vermelho em uma arara e o colocou entre nós. Então o menino olhou o tamanho - É do seu tamanho, e é bem bonitinho também...

- Mentira! -
eu o arranquei das suas mãos e conferi a etiqueta também. Era do tamanho meu tamanho, de verdade. Quase disparei para o caixa e sai correndo da loja, cansada de olhar maios.

Mas aquilo deixava o meu torso totalmente exposto e, por escala, aquilo. Talvez se não fosse por causa da minha "doença", aquilo não teria acontecido, mas mesmo assim...
Bem, Haruka não sabia daquilo e ficaria sem saber por um bom tempo.

- Não vou mostrar o meu umbigo - comentei, tentando não soar desapontada. A roupa de banho era bem fofinha mas... não - Vamos olhar os maios na seção infantil.

De qualquer maneira, eu não guardei o traje de banho.


In the haze of lies, the haze of heat laughed. "This is all real!"


t a n k s b e e c k y ♥ oops,



Última edição por Takane Shion em Qui Nov 01, 2012 5:14 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ravyn S. Gwaed Sáb Out 27, 2012 11:26 pm



Ravyn revirou-se na cama. Jasmine cutucou-o mais uma vez e ele remexeu-se novamente. A descendente de bruxa sussurrou, em tom amistoso:

- Querido, acorda...

O descendente de vampiro abriu os olhos, revelando as íris castanho-avermelhadas. Com a voz sonolenta, respondeu, enquanto espreguiçava:

- Oi, Jasmine... que horas são?

- São mais de meio-dia, Ravy.

Ela tinha um apelido para ele, que não conseguia pensar em um para retribuir. Sentou-se na cama.

- Sol à pino, então... - Falou, desgostoso. Não se sentia muito bem no Sol. Não a ponto de se desfazer em pó, como aconteceria com sua tataravó. Essa era uma vantagem de ser descendente tão distante: não morreria ao sair para o Sol.

- Eu queria comprar um biquini novo pra mim, Ravy, para o verão. Tu me ajuda?

Instantaneamente o adolescente corou de leve. Ajudar uma menina a escolher um biquini. Já fizera algumas coisas com Jasmine naquele pequeno tempo que tinham de ela sendo sua guardiã, mas aquilo era novo. Mas acabou assentindo, visivelmente envergonhado. A mulher riu e apertou de leve suas bochechas.

- Bobinho. Não vou ficar me exibindo para ti, te provocar, tu sabe disso.

Riram de leve. Que ela era bonita, era, isso ambos sabiam. Mas não era do tipo que saía provocando todo mundo.

- Tá, só vou me trocar e vamos.

---

Alguns minutos depois, estavam no Distrito Comercial. Andava ao lado de Jasmine, segurando sua mão. Usava aquele toque para se controlar, pois apertava de leve a mão dela a cada vez que alguém com algum ferimento passava perto dele e exalava o cheiro do seu sangue. Talvez se não fosse sua guardiã, já tivesse atacado dois ou três ali. Não seria legal.

Finalmente, ambos chegaram na loja pretendida: Loja de trajes de banho masculinos e femininos. O rubor voltou ao rosto do rapaz, fazendo sua guardiã rir. Entraram na loja e dirigiram-se diretamente à área dos biquinis. Ainda com sua ingenuidade, o rapaz não via algumas mulheres que se trocavam no provador e saiam com biquinis para mostrar para seus companheiros, amigos, namorados, esposos, quem quer que estivesse acompanhando-as. Mas notou outra coisa, mais desnecessária: Era sempre um rapaz quem elas traziam junto. Não entendeu, nem se deu ao trabalho de tentar entender.

Foi acordado da sua divagação por Jasmine, que tocou em seu ombro e falou:

- Vou provar um, ok? Já volto.

O rapaz olhou para ela e assentiu. Viu que era um roxo e riu discretamente. A adolescente adorava roxo. Era a cor que permeava de leve sua íris, dos seus brincos de pentagrama, da mexa colorida do seu cabelo, normalmente da sua roupa... e agora do biquini. Viu-a se afastar e voltou a divagar.

Ouviu uma voz desconhecida ao longe:

- Não vou mostrar o meu umbigo. Vamos olhar os maios na seção infantil.

Riu de leve, baixo. Era alguma adolescente que era mais tímida, que não queria mostrar demais usando um biquini. Deu de ombros e observou Jasmine sair do provador, com o biquini.

Sem perceber, o queixo do rapaz caiu um pouco, ao mesmo tempo que corou. Aquele biquini estava perfeito nela, mostrava o quanto ela era realmente bonita. Por ser uma descendente de bruxa, talvez, era uma beleza totalmente diferente, mágica. Balançou a cabeça e ela riu, vindo até ele.

- Gostou, Ravyn? Acha que ficou bom?

Ela deu uma volta. Nem as botas usava mais, andando descalça. Assentiu.

- Ficou muito bonito sim. - Sorriu torto, todo corado. Ela riu e colocou a mão no ombro dele, para isso levantando um pouco o braço acima da horizontal, afinal o rapaz era levemente mais alto que ela.

- Não precisa ficar assim, vai. Fica mais solto comigo, sou, além de tua guardiã, tua amiga, não esquece disso.

Jasmine sorriu, acompanhada de um leve sorriso de Ravyn. A mão dela saiu de seu ombro. Até agora, nada de diferente. Apenas uma curiosidade crescente no descendente de vampiros quanto a menina que não queria mostrar o umbigo. A voz não era tão desconhecida assim, já tinha ouvido-a em algum lugar.

Pegou na mão da amiga.

- Vem comigo.

Puxou-a, de biquini mesmo. Não roubariam a roupa anterior dela ali, até porque a loja não estava lotada e tinha muitos provadores, e ela deixara o seu fechado.

Andou com ela até a seção de maiôs, procurando alguma adolescente. Encontrou-a, segurando um biquini, certamente procurando algum maiô que coubesse nela na sessão infantil. Cochichou para sua guardiã:

- Você conhece ela? - E recebeu de resposta, em sussurro:

- Ela é da Academia...

Tudo se encaixou, provavelmente ouvira a voz dela alguma vez em alguma aula que teriam em conjunto. Mas não fazia a menor ideia de qual era seu distrito ou Lar. Ficou parado por alguns segundos, segundos nos quais talvez ela olhasse-o. Ou ela, ou o rapaz que estava com ela. "Sempre algum menino.", não deixou de notar novamente Ravyn. Veriam-nos, afinal a silhueta de Jasmine não era uma silhueta muito discreta, principalmente de biquini.



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Mensagem por Takane Shion Dom Out 28, 2012 7:47 am







- Ah, Jasmine! - exclamou o idiota alegre. Rapidamente, eu tirei os olhos da arara que estava olhando, examinando um maio azul, e encarei o casal que chagará. Rapidamente, eu taquei o pequeno biquíni preto e amarelo lá dentro e me escondi atrás do Guardião, corando. Eu sei, covardia, mas qual era o problema da menina, andando por ai de biquíni? - Eu sou o Haruka e essa menina é a Takane. Nós não nos pessoalmente, mas trabalhamos juntos. Suponho que esse menino seja o Ravyn?

- Geez... qual o seu problema com as pessoas? -
perguntei, voltando a examinar a arara, ainda muito corada. Desde que ele agisse normalmente, eu passaria perfeitamente por uma menininha comprando roupas de banho com o seu irmão mais velho. Nós nos parecíamos, mesmo tudo em Konose Haruka, lembrasse uma menina - Você conhece TODOS os humanos do planta?

- Não, alguns guardiões da Academia apenas -
ele comentou, sorrindo. Dei um tapa na minha testa: ele tinha algum problema com sarcasmo, aposto. Eu me perguntava como acabará fazendo uma parceria com aquele idiota.

- Droga! Eu vou experimentar esse daqui - comentei, pegando dois maios que eu estava examinando, o biquíni escondido entre eles. A loja estava basicamente deserta e todos os provadores estavam vazios, então simplesmente me enfiei no primeiro que vi.

Agradeci ao fato da Galeria ter aquecedor.

- Desculpem a Ta-chan. Ela é incrivelmente fofinha quando quer ♪♫ - eu escutei Haruka dizer, corando. O idiota parecia ignorar totalmente que eu conseguia escutar tudo - Ela apenas se preocupa demais com todo mundo e existem muitas expectativas em cima dela. Mas ela é alguém incrivelmente gentil.

Sério? Eu era mesmo? Quando eu era mais nova, eu simplesmente não conseguia sentir nada: eu não entendia o que era sentimentos e aquilo parecia algo doloroso e inútil. Com o passar do tempo, eu havia aprendido o que eles eram e nunca mais pude me esquecer, me tornando alguém que estava sempre irritada e que tinha uma língua afiada.
Talvez hoje eu esteja muito melhor, mas eu ainda não consigo controlar a minha personalidade forte, pois há algo que eu não compreendo. Se eu acabasse ferindo Haruka por causa disso, provavelmente nunca me perdoaria.

A minha arritmia começou a voltar e eu me despi da minha camisa, encarando o meu corpo. Sim, meu pai e as pessoas ao meu redor me lembravam constantemente disso: eu não era bonita o bastante e tratavam de me fazer desejar ser uma estudante do colegial alta e esbelta.

Lá estava eu, uma baixinha cujo o corpo não obedecia. Será que realmente valia a pena, ficar bonita? Poderíamos estar mortos amanhã, que diferença aquilo fazia?

Eu tateei o lado direito do meu corpo, encostando na cicatriz fina e branca. Ela ia mais ou menos do lado do meu umbigo até o ponto que as costelas começavam, quase nas costas. Era algo repugnante de se ver, mas...
Aquela era a prova que eu havia construído a minha história sozinha.

Irritada, eu tirei o resto da roupa e me meti no primeiro maio, o mais escuro. As alças estilo nadador incomodavam um pouco, mas nada que pudesse ser ignorado.

Por causa do frio, joguei o meu casaco sobre mim. Sai do provador, bocejando. Por que eu estava tão sonolenta esses dias? Eu deveria ter dormido pelo menos 11 horas na noite passada.

- Como está?

- Incrivelmente fofa ♥ -
respondeu Haruka com um sorriso, então eu escutei outros comentários. Rapidamente, fechei o casaco na frente do corpo.

- Oi! Oi! Por que eles... por que vocês ainda estão aqui?! - perguntei, irritada - Ou vocês foram contaminados por esse idiota viciado em Lolitas?

- Sei lá -
comentou Haruka, sonolento. Eu bati nele, corando.



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Mensagem por Ravyn S. Gwaed Dom Out 28, 2012 11:21 am



Ravyn viu o homem olhá-los, provavelmente o guardião, e falar:

- Ah, Jasmine!

E viu a menina também olhá-los e, logo após, esconder-se, corando, atrás dele, escondendo o biquini que carregava. Notara que o olhar da mesma se fixara um pouco mais de tempo na descendente de bruxos antes de se esconder.

- Eu sou o Haruka e essa menina é a Takane. Nós não nos pessoalmente, mas trabalhamos juntos. Suponho que esse menino seja o Ravyn?

Antes da resposta ser dita, o descendente de vampiros ouviu a voz da menina, Takane:

- Geez... qual o seu problema com as pessoas?

Ravyn sorriu de leve e Jasmine disse:

- Sim, sim, esse é o Ravyn. Para a Takane, meu nome é Jasmine. Acredito que possamos nos dar bem.

- Você conhece TODOS os humanos do planta? - Perguntou a menina. Já examinava as araras, ignorando os dois recém-chegados.

- Não, alguns guardiões da Academia apenas. - Viu ela dar um tapa na própria testa e Ravyn riu baixo.

Percebeu o que se passava ali. Ela era mais tímida, ou algo assim, por causa do que pensava do seu corpo. Achava-se não-bonita, tanto que não queria usar um biquini, e sim um maiô. Ao ver Jasmine, ela ficara com inveja, talvez. Ouviu-a dizer:

- Droga! Eu vou experimentar esse daqui.

Viu-a ir. Ficou com vontade de ir atrás dela, para conversar um pouco só com ela. Mas decidiu não. Não deixou de notar que levava o biquini para o provador. Voltou o olhar para Haruka quando ele começou a cantarolar:

- Desculpem a Ta-chan. Ela é incrivelmente fofinha quando quer. Ela apenas se preocupa demais com todo mundo e existem muitas expectativas em cima dela. Mas ela é alguém incrivelmente gentil.

A fala dele confirmou o que concluíra sobre ela. Comentou, audível para a menina, sem perceber:

- Acho que sei o que se passa. Ela acha que não é bonita, por isso está tendo essas reações, não consegue ver que ela é bonita do jeito dela.

Jasmine sorriu para o rapaz.

- Todos somos bonitos do nosso jeito, Ravy.

Ouviu um bocejo e a voz de Takane se aproximando:

- Como está?

Olhou para ela. Ela estava bonita. Ela era bonita. Corou de leve, desviando o olhar para Jasmine, que deu um risinho.

- Incrivelmente fofa! - Os guardiões riram. Ravyn forçou-se a rir.

Foi a vez da descendente de bruxos comenta, simpática:

- Ficou muito bem em você, Takane.

O rapaz viu ela fechar o casaco em volta do corpo e falar:

- Oi! Oi! Por que eles... por que vocês ainda estão aqui?! Ou vocês foram contaminados por esse idiota viciado em Lolitas?

Agora sim o descendente de vampiros riu, com a expressão que ela usou para falar de seu guardião. Viu-a bater nele após um comentário do mesmo.

- Ora, devíamos conversar mais... mal nos conhecemos, mesmo frequentando os mesmos lugares todo dia!

Jasmine assentiu e perguntou, claramente uma coisa de menina-para-menina:

- Como achas que esse biquini ficou em mim, Takane? Seja sincera, por favor. - Sorriu de leve.

Novamente, o rapaz corou um bocado e olhou para Haruka, com um olhar brincalhão do tipo "Agora é conversa de mulheres...".



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Mensagem por Takane Shion Dom Out 28, 2012 12:57 pm







-Acho que sei o que se passa. Ela acha que não é bonita, por isso está tendo essas reações, não consegue ver que ela é bonita do jeito dela.

As pessoas não entendiam. Não era aquilo que eu queria: ser bonita. Eu...
Eu... eu estou cercada de pessoas...
De novo não... não quero que vocês olhem para mim... não consigo vê-lo... onde você está... eu quero que apenas você olhe para mim...

Como se atendesse o meu apelo, Haruka passou o braço sobre o meu ombro e sorriu. O meu coração que parecia estar parando se acelerou do nada e eu dei um tapa na mão dele, a afastando.

- Como achas que esse biquini ficou em mim, Takane? Seja sincera, por favor - a menina chamada Jasmine perguntou. Eu coloquei a mão na testa, corando: eu era uma garota absolutamente normal e nada chamava atenção em mim, por isso eu era grata. Aparências, dinheiro ou status: enquanto isso fosse apenas um sonho, estava tudo bem.
Pois eu destruiria tudo aquilo caso pudesse.

De soslaia, eu olhei para Haruka. Alto, cabelos negros e olhos castanhos. Até onde se via, ele também era um cara absolutamente normal, mas diferente de mim tinha uma incrível capacidade de chamar atenção. Algumas pessoas o chamavam de "bonito", mas eu não entendia muito bem a razão disto: tudo no menino, inclusive o nome, lembravam os de uma garota.

- Você tem costas pequenas, então algo com mais rendas e detalhes talvez ficasse melhor em você, ou algo com listras horizontais. Valorizaria o busto - comentei, sem a encarar diretamente. Haruka estava olhando para ela com atenção, como se estivesse procurando falhas na minha teoria - Fora isso... como o idiota ali falaria... você está... fofinha?

- Ela falou! -
comentou o menino surpreso e apertou a minha bochecha - Parabéns, Takane. Então você gosta de coisas bonitas no fim das contas!

- Me larga! -
disse, afastando a mão dele, corada e irritada - Não é exatamente como se eu gostasse...

- Então a Takane é uma gyaru? -
ele perguntou, rindo. Eu bari no menino, ainda mais vermelha que antes.

- Quer morrer? - perguntei, com um olhar assassino. O frio na minha voz era intenso e a intenção assassina também. O menino gelou - Você também irá comprar roupas de banho como punição e vai me fazer yakisoba quando voltarmos.

- Eeeh?

- Vá escolher alguma coisa, rápido -
falei para ele, voltando para dentro do provador.

Encostei a cabeça no espelho e olhei aqueles dois olhos amarelados. Um traço de azul perdido dançava ao redor da minha pupila e meus cabelos pretos cortados retos caiam sobre o meu rosto. A minha boca começou a articular algumas palavras, mas som nenhum saiu.
Eu gostaria que eu tivesse dito algo. Eu não fazia a minima ideia do que eu gostaria de falar. Três silabas, aquilo era tudo que eu compreendia.

Então eu tomei uma decisão. Mais uma vez, eu troquei de roupa, colocando o biquíni. A cicatriz não era algo que eu gostaria de mostrar para outras pessoas, mas... se era só ele... tudo bem, então... eu acho...

- Haru... - eu comecei a chama-lo, colocando apenas a cabeça para fora do provador, escondendo o resto do meu corpo com a cortina - KA!

Ele vestia uma bermuda de banho que acabava cerca de um palmo acima do joelho que tinha um tom caqui, com uma estampa xadrez. Eu corei com uma lembrança constrangedora enquanto ele se examinava em um espelho. Os nossos olhares se cruzaram e ele sorriu.

- Ah, Takane!

- O-o-onde estão a Jasmine e o Ravyn? -
perguntei, considerando as chances do que eu faria a seguir ser considerado alo pervertido. Sem ter muita certeza, Haruka apontou para um canto da loja.

- Ali, eu acho.

- Certo, venha cá -
eu pedi, desviando o olhar.

- Por quê... ?

- Não importa, apenas venha aqui logo!

Ele se aproximou e eu o puxei para dentro do vestiário. Com as mãos nas costas, eu o encarava com um misto de vergonha e determinação enquanto Haruka olhava para mim como se não conseguisse desgrudar o olhar.
Por fim, desisti e olhei para a cortina fechada.

- Eu estou... bonita? - era aquilo mesmo que eu queria dizer? Meu cérebro estava uma bagunça e meu coração batia em um ritmo inconstante.

- Takane... você está linda... - a voz dele... ele estava maravilhado? Abismado? Assustado? Horrorizado? Todas as alternativas anteriores? Por que eu me importava? O que estava acontecendo comigo.
A mão quente do menino tocou o lado direito do meu corpo e acariciou a cicatriz?

- O que é isso? - ele perguntou, com um tom calmo e consolador. Meus lábios formularam uma palavra sem som e Haruka pareceu entender - Ah, então é isso... desculpa, eu não deveria ter perguntado.

- Não, está tudo bem. Você me odeia agora?

- Idiota -
ele comentou, bagunçando os meus cabelos. Pela primeira vez, eu entendi a diferença de uma cabeça de altura.

- Haruka, eu... quer saber, esqueça - disse, fazendo um gesto vago - Eu vou me trocar, me de licença, por favor.

Ele saiu e eu bati a cabeça na parede.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Dom Out 28, 2012 1:24 pm



Ravyn viu de soslaio que Takane corara com a pergunta. Ele e ela não eram lá muito diferentes de personalidade, era perceptível Ouviu a resposta dela:

- Você tem costas pequenas, então algo com mais rendas e detalhes talvez ficasse melhor em você, ou algo com listras horizontais. Valorizaria o busto. Fora isso... como o idiota ali falaria... você está... fofinha?

O rapaz não entende nada daquilo. Não sabia mal como combinar sua roupa, quanto mais aquilo. Mas corara também, olhando em outra direção. Voltou o olhar para Haruka e viu-o apertando a bochecha de Takane e falando:

- Ela falou! Parabéns, Takane. Então você gosta de coisas bonitas no fim das contas! - O descendente de vampiros riu com aquilo, e a discussão entre eles.

Prostrou-se ao lado da guardiã, abraçando a cintura dela e encostando a cabeça em seu ombro. Mesmo em poucos dias, já tinha uma amizade grande com ela. Sentiu o braço dela envolvendo sua cintura também. O rapaz sentia a pele dela diretamente, afinal a mesma usava biquini. Isso fê-lo corar um pouco mais, sem notar.

Ravyn sentiu-se desconfortável com o tom frio e assassino dela. E logo viu ambos indo-se. Olhou para Jasmine.

- Eles são sempre assim?

- Não sei, mas que o Haruka é sempre brincalhão assim, é. - Riram. - Vou me trocar, tá? Quem sabe tu vê um calção para ti...

Piscou pra ele, e se separaram. Jasmine foi para o provador, colocar a sua roupa original, enquanto Ravyn procurava um calção de banho, ao mesmo tempo em que Takane e Haruka conversavam no provador. Achou um e foi até o provador, entrando, sem saber, ao lado do de Takane, ao mesmo tempo em que o guardião dela saia. Ouviu os resquícios da voz dela e a mesma batendo a cabeça na parede. Preocupou-se. O rapaz tirou o cinto e a calça jeans enquanto perguntava para a menina:

- Takane, você está bem? O que aconteceu?

Não sabia o motivo de ela ter feito isso, se fora escorregar ou algo que acontecera, mas estava preocupado com a mesma. Havia se identificado com a mesma, na verdade. Enquanto isso, Jasmine, já com a roupa anterior, procurava um biquini com as dicas de Takane.



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Mensagem por Takane Shion Dom Out 28, 2012 2:04 pm







Minha testa estava suja de tanto eu bate-la na parede. Aquela era porque eu era uma idiota, aquela era porque eu não sabia o que pensar, aquela era por causa daquela arritmia maldita...
Eu queria me trocar, mas eu não conseguia arranjar energia para tirar o biquíni. Eu queria simplesmente sentar e ver o dia passar diante dos meus olhos.

Eu, Enomoto Takane, estava de péssimo humor.

- Takane, você está bem? O que aconteceu?

O fato da única pessoa que costumava estar do meu lado ser Haruka não me ajudava em situações como aquela. Não importa quanto a minha língua fosse afiada, ele nunca se machucaria. Já aquele garoto, Ravyn...

- Na realidade, meu nome é Enomoto Takane. É um pouco longo, assim como "Takane" e é um pouco complicado de se ler, mas se você quiser me chamar de Ene, por mim tudo bem...

Eu estava fazendo isso certo? Chamar alguém pelo nome era mais próximo que chamar alguém pelo sobrenome, mas o que era mais próximo: um apelido do sobrenome ou o primeiro nome?
Na realidade, "Takane" era a distancia que eu gostaria de manter apenas com Haruka e mais ninguém.
De qualquer forma, eu precisava saber uma segundo opinião. Eu tentava segurar, mas não conseguia, então falaria tudo o que vinha a minha mente em 3... 2... 1...

- Ele pode morrer amanhã - desabafei, baixinho, com a voz carregada de desespero. A vida era injusta: mesmo que tentássemos viver como todas as outras pessoas, isso era impossível - Eu posso morrer amanhã! Eu tento viver sem arrependimentos, mas isso é impossível. Eu só faço ele se arrepender, criando promessas para amanhã de tarde, sendo que essa tarde pode nunca chegar. Tem coisas que eu quero dizer, tem coisas que eu quero fazer, mas eu tenho medo de nunca descobrir o que elas são, exceto quando for tarde demais!

Pronto, agora era rezar para que Haruka não escutasse nada. Eu me encolhi no chão, quase chorando. Eu não conseguia encontrar palavras para o que eu sentia.
Também porque, até poucos dias, eu nunca havia escutado aquela palavra na minha vida.

- Ravyn... você já escutou falar da síndrome negra? É uma "doença" que eu e o Haruka temos.

Haruka

Eu olhei para o provador onde Takane estava com o canto do olho. A realidade é que eu estava preocupado com ela: quando eu havia contado para ela, eu havia pensado que ela havia compreendido, mas não pude deixar de sentir um aperto no coração.

Aquela Takane desacordada em um leito de hospital, com a vida sendo prolongada por equipamentos, invadia meus sonhos e pensamentos quase o tempo inteiro. Hiyori havia morrido daquela maneira: se eu perdesse mais alguém para aquela "doença", eu não sabia o que iria fazer.
Provavelmente algo estupido, como me matar.

O que era a morte? O que nós aguardava do outro lado? Eu poderia ver aquelas duas novamente?
Uma vida humana era mais ou era menos? Ou era simplesmente uma vida humana?

- Ei, Jasmine... o que você pensa sobre a Takane? - resolvi arriscar. Eu precisava de alguma coisa para me distrair - Se ela conhecesse um menino, e eles começassem a namorar. Você acha que ela mudaria?

Inconscientemente, eu procurava uma roupa que coubesse em Ta-chan. Sinceramente, eu a conhecia a muito tempo, mas apenas de longe. Apenas três anos atrás é que eu havia começado a descobrir mais sobre ela.
A pequena Takane... a misteriosa Takane...

- Aqui - disse, jogando um biquíni para ela - Deve ser do seu tamanho.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Dom Out 28, 2012 2:41 pm



Ravyn ouve ela falar:

- Na realidade, meu nome é Enomoto Takane. É um pouco longo, assim como "Takane" e é um pouco complicado de se ler, mas se você quiser me chamar de Ene, por mim tudo bem...

Assentiu. Percebeu que ela estava desviando do assunto para se acalmar um pouco. Provavelmente contaria um pouco depois. Terminou de colocar o calção e tirou a camisa, olhando-se no espelho. Ouviu a voz dela novamente, em tom de desabafo, embargada de desespero:

- Ele pode morrer amanhã Eu posso morrer amanhã! Eu tento viver sem arrependimentos, mas isso é impossível. Eu só faço ele se arrepender, criando promessas para amanhã de tarde, sendo que essa tarde pode nunca chegar. Tem coisas que eu quero dizer, tem coisas que eu quero fazer, mas eu tenho medo de nunca descobrir o que elas são, exceto quando for tarde demais! - O rapaz ouviu ela cair no chão e perguntar a ele: - Ravyn... você já escutou falar da síndrome negra? É uma "doença" que eu e o Haruka temos.

O descendente de vampiros não sabia. Respondeu, baixinho também:

- Não, nunca ouvi falar... Ta... quer dizer, Ene, posso entrar aí?

Queria ajudá-la, e só ouvindo-se as vozes não seria possível.

---

Jasmine procurava o biquini. De vez em quando, mandava olhares de soslaio para o provador que Ravyn estava, se alguém fosse para ali perto, tinha que estar a postos para protegê-lo. Ou proteger o menino de quem fosse, ou quem fosse do menino. Mas ninguém se aproximava e, aos poucos, deixava de olhar para lá.

Ouviu a voz de Haruka perto de si:

- Ei, Jasmine... o que você pensa sobre a Takane? Se ela conhecesse um menino, e eles começassem a namorar. Você acha que ela mudaria?

Olhou para ele. Não entendeu o porquê da pergunta, mas respondeu, em voz baixa, para que o assunto da pergunta não ouvisse:

- Olha, pelo que já vi dela... Talvez ela mudaria, para melhor. Ela parece ter medo de interagir com quem quer que seja, talvez se conseguisse chegar a esse ponto com alguém, ficasse bem mais solta, talvez menos fria, até mais alegre.

Pegou o biquini que o homem jogou para ela. Riu e colocou de volta de onde ele tirou.

- Não, esse não. Estou procurando outro. - Riu novamente. - E você, o que acha do Ravyn?



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Takane Shion Dom Out 28, 2012 3:13 pm







As páginas do tempo eram rápidas demais para mim e o seu era aberto demais para pessoas como eu. Se nenhum de nós existisse amanhã.

- Não, nunca ouvi falar... Ta... quer dizer, Ene, posso entrar aí?

- Eu vou sair. Espere um momento -
respondi, enquanto tirava o biquíni e vestia a minha camisa. O tecido frio encostou na minha pele e, involuntariamente, eu me contrai.
Suspirei, colocando a calça. Por onde eu iria começar... ?

- A Síndrome Negra é uma síndrome recente. Aparentemente, a pessoa a adquire ao nascimento, portanto todos com essa "doença" são crianças - calcei os sapatos e arrumei o meu cabelo - Por mais que eu a chame assim, as pessoas com casos menos graves não podem chama-la de doença: ela lhe dá capacidade de, involuntariamente, processar um segundo em cinco minutos. Haviam alguns efeitos colaterais depois, mas nada que não sumisse rapidamente.

Joguei o casaco por cima do meu corpo e sai do provador com as roupas que eu iria comprar em mãos. O menino já me esperava do lado de fora quando eu suspirei, irritada.

- Quanto mais avançada fica a síndrome, mais rápido os nossos cérebros funcionam, mesmo fora do "estado acelerado". Porém os efeitos colaterais ficam piores também: falência múltipla nos órgãos, desmaios repentinos, sonolência exagerada.

Eu ziguezagueei pela loja, me afastando de Haruka e da sua nova amiga. Eu estava prestes a chorar a qualquer momento, desabando ao peso da realidade.

- Haruka é um caso particularmente sério - expliquei, colocando as coisas de volta no lugar - A última crise grave dele foi há uns dois meses atrás, quando os pulmões dele pararam de funcionar por um tempo. Fora isso, os sintomas menores são bem proeminentes: parece que ele vai cochilar a todo instante e ele dorme em lugares que ninguém mais conseguiria.

Eu olhei para o menino pelo canto do olho. Ele já estava no caixa, comprando alguma coisa.

- E enquanto ele corre o risco de morrer a qualquer instante, eu fico aqui sem fazer nada.

Haruka

- Olha, pelo que já vi dela... Talvez ela mudaria, para melhor. Ela parece ter medo de interagir com quem quer que seja, talvez se conseguisse chegar a esse ponto com alguém, ficasse bem mais solta, talvez menos fria, até mais alegre.

- Isso com certeza séria triste -
eu comentei, sem o objetivo de ser triste. Takane havia sofrido a vida inteira dela: se ela começasse a virar uma menina sempre sorridente por causa de alguém, eu me perguntaria se ela ainda era a mesma menina que havia tentado me matar um dia - Eu gosto de Takane exatamente do jeito que ela é. Eu ficaria feliz em conhecer um outro lado dela, principalmente um onde ela sorria mais, mas eu com certeza ficaria assustado se fosse tão de repente assim. Talvez tenha justamente sido esse lado frio e agressivo dela que tenha me cativado: a misteriosa Takane. E então eu me apaixonei pelo sorriso dela, justamente por ser algo que eu verei pouco na vida...
Então eu parei de falar, corando. Não, espera... eu realmente havia falado aquilo?

- Ah, desculpa! Não é desse jeito! E-eu sinto muito!

- Não, esse não -
disse a menina, me ajudando a sair do assunto. Eu suspirei, aliviado, e comecei a examinar uma banca de acessórios que havia por ali. Jasmine riu - E você, o que acha do Ravyn?

- Eu meio que... sinto inveja dele? -
na realidade, eu não sabia muito bem como me sentir em relação a Ravyn: ele parecia um cara legal, mas eu meio que me preocupava por causa de Takane - Eu demorei quase três anos para me aproximar de Ta-chan. Tinha alguma coisa que eu queria falar para ela na época, mas acho que eu já me esqueci. A facilidade que ele se aproximou dela me assusta. Ah, isso é bonitinho!

Ceeeeertoooooo... Takane iria me bater, mas sem duvidas era bonitinho: uma tornozeleira (ou era uma pulseira) feitas de contas azuis e, tendo como pingente principal, uma pedra branca que era mais fina e mais comprida que as outras, com o formato lembrando o de um dente ou de um osso. Tudo nisso em um cordão de couro.

- Você se importaria de ir no caixa comigo? - perguntei, conferindo se a menina ainda estava longe: ela continuava do outro lado da loja, falando com Ravyn - Tenho que pagar algumas coisas.



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Mensagem por Ravyn S. Gwaed Dom Out 28, 2012 11:07 pm



Ravyn ouve ela falar:

- Eu vou sair. Espere um momento. A Síndrome Negra é uma síndrome recente. Aparentemente, a pessoa a adquire ao nascimento, portanto todos com essa "doença" são crianças. Por mais que eu a chame assim, as pessoas com casos menos graves não podem chama-la de doença: ela lhe dá capacidade de, involuntariamente, processar um segundo em cinco minutos. Haviam alguns efeitos colaterais depois, mas nada que não sumisse rapidamente. - Enquanto ela falava, o rapaz já tinha se trocado, colocando a roupa anterior de novo, e saído do trocador, indo esperar Tekane do lado de fora.

Viu-a sair e sorriu para ela, de leve, mostrando que estava atencioso.

- Quanto mais avançada fica a síndrome, mais rápido os nossos cérebros funcionam, mesmo fora do "estado acelerado". Porém os efeitos colaterais ficam piores também: falência múltipla nos órgãos, desmaios repentinos, sonolência exagerada. - Acompanhou-a ziguezagueando, afastando-se dos guardiões. Percebeu pela expressão dela que estava quase chorando. - Haruka é um caso particularmente sério. A última crise grave dele foi há uns dois meses atrás, quando os pulmões dele pararam de funcionar por um tempo. Fora isso, os sintomas menores são bem proeminentes: parece que ele vai cochilar a todo instante e ele dorme em lugares que ninguém mais conseguiria. E enquanto ele corre o risco de morrer a qualquer instante, eu fico aqui sem fazer nada.

Ravyn tomou a liberdade de colocar a mão no ombro de Takane, fazendo-a olhar para seu rosto, também passando preocupação para com ela.

- Ene, não há o que você possa fazer, pelo que entendi. O máximo que podes, na minha opinião, é aceitar as brincadeiras dele. Ele quer viver intensamente, pois não sabe quando se irá. Se você quiser chorar, pode chorar. É perceptível que você está se segurando. Libere isso, até porque mostrar para Haruka que você está pensando na doença dele só vai fazer ele se sentir pior, entende? Acompanhe ele no ritmo de vida dele. Claro, não mude o que és, ele gosta de ti do jeito que ages com ele.

Agora queria, mais do que tudo, ajudá-la. Ela tinha um grande peso, desnecessário, nas costas. Ela praticamente se culpava pela doença dele, não precisava ser assim.

---

Jasmine ouviu Haruka comentar:

- Isso com certeza séria triste. Eu gosto de Takane exatamente do jeito que ela é. Eu ficaria feliz em conhecer um outro lado dela, principalmente um onde ela sorria mais, mas eu com certeza ficaria assustado se fosse tão de repente assim. Talvez tenha justamente sido esse lado frio e agressivo dela que tenha me cativado: a misteriosa Takane. E então eu me apaixonei pelo sorriso dela, justamente por ser algo que eu verei pouco na vida... - A mulher estancou, olhando para ele. Haruka apaixonado? Isso não cabia na concepção. Viu-o corar e se corrigir: - Ah, desculpa! Não é desse jeito! E-eu sinto muito!

A guardiã riu.

- Você apaixonado, isso é novo para mim.

Achou o biquini igual ao que fora sugerido pela outra menina. Colocou na frente do corpo, por cima da roupa. É, ficaria bem melhor. Segurou-o, ouvindo a resposta dele:

- Eu meio que... sinto inveja dele? Eu demorei quase três anos para me aproximar de Ta-chan. Tinha alguma coisa que eu queria falar para ela na época, mas acho que eu já me esqueci. A facilidade que ele se aproximou dela me assusta. Ah, isso é bonitinho!

Jasmine o que ele pegou e riu. Sabia qual seria a reação da protegida dele ao receber aquilo. No mínimo, hilária. Ouviu-o pedir para ir com ele ao caixa e o fez, acompanhando-o. Chegando lá, enquanto ele pagava, ela já pagou o seu biquini também. Enquanto a mulher processava, falou para Haruka, em tom de troça, provocando-o:

- Então quer dizer que você está apaixonado... conte-me mais sobre isso. - Deu uma piscadela brincalhona.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Takane Shion Seg Out 29, 2012 12:09 pm







Aquelas palavras machucavam. A principio, eu não sentia nada, então me fora dado um destroçado e remendado coração valente. Sobre aqueles sentimentos manchados, eu criará uma barreira impenetrável. Havia uma pequena fresta, bem pequena... eu conseguia sentir o calor daquele sol, o calor dele, do outro lado, mas...
Mas eu havia ficado tanto tempo trancada dentro daquela barreira que eu não tinha forças para quebra-la.

- Ene, não há o que você possa fazer, pelo que entendi. O máximo que podes, na minha opinião, é aceitar as brincadeiras dele. Ele quer viver intensamente, pois não sabe quando se irá. Se você quiser chorar, pode chorar. É perceptível que você está se segurando. Libere isso, até porque mostrar para Haruka que você está pensando na doença dele só vai fazer ele se sentir pior, entende? Acompanhe ele no ritmo de vida dele. Claro, não mude o que és, ele gosta de ti do jeito que ages com ele.

- Eu não posso -
eu tinha um sorriso amargo no rosto. A imagem daquele Deus da Morte de olhos vermelhos e sentimentos obscuros... o lobo frio e sem sentimentos. Eu não era humana. Sentimentos não me eram cabíveis.
Claro que eu desobedecia aquela regra. Claro que eu ficava imensamente feliz ao lado dele. Claro que o meu coração parecia perto de se rasgar novamente quando estávamos longe. Claro que eu sofria com tudo aquilo.
Mas a lição mais importante que ele havia me ensinado ainda não havia me atingido.

- Ravyn, posso te pedir um favor? Se ele morrer, me impeça de fazer alguma coisa estupida - a minha vida perderia então o único raio de sol que me restava. Enfim, tudo o que eu valorizava mais que eu própria teria sido tirado de mim - Simplesmente cruze o meu coração com uma espada e reze para que eu morra. Esse é o melhor jeito para que ninguém mais sofre por minha causa.

A minha vida havia mudado. Eu havia mudado, exatamente como ele. Algo havia mudado entre nós, mas eu ainda não conseguia compreender o que era.

- Eu... eu quero sorrir - admiti. Eu observei alguma coisa que estava em uma prateleira, tentando me ocupar - Quero sorrir, quero chorar, quero estar do lado dele. Eu gosto muito do Haruka, mas quero dar para ele a sua melhor chance, então... ! Então eu não posso destruir a vida dele de novo. Se eu parecesse estar triste porque ele não pode me prometer me encontrar amanhã, ou por causa da condição dele, ele só se esforçaria mais e então...

Eu fiquei sem palavras naquele instante. A culpa também era um pouco minha. Aquela distancia era segura, para nós dois. Se eu me aproximasse mais daquele sol, eu tinha medo de me queimar e destruir o que existia entre nós.
Mesmo assim...

- Acho que irei pagar - comentei, distraída. Se eu falasse mais, eu me romperia em lagrimas e então...
Eu não queria pensar no que aconteceria depois.

Cruzei a loja rapidamente. Depois eu me arrependeria disso, talvez, mas... mas... Eu não sei. Quem sabe as coisas fossem diferentes do que são hoje se eu tivesse parado, ido um pouco mais devagar.

- Então quer dizer que você está apaixonado... conte-me mais sobre isso.

"Atravesse o meu coração e reze para que eu morra".
As palavras me atravessaram como uma espada. Eu nunca havia sentido aquilo antes. Meu coração batia rápida e lentamente. Uma torrente de emoções me inundou. O que era aquilo? Por que eu me sentia daquela maneira?
E de certa forma, havia um pouco de esperança com tudo aquilo.

Inconscientemente, eu deixei as roupas que eu segurava caírem no chão. O meu olhar e o de Haruka se cruzaram, mas eu me senti culpada em instantes. Desviei o olhar, com um sorriso amargo no rosto.

- Desculpa, eu não deveria estar ouvindo - comentei, com o máximo de indiferença que eu consegui na minha voz. Ela soou estranha - Acho que eu vou experimentar mais algumas roupas e...

- Ah! Eu te ajudo... -
comentou Haruka quando eu me abaixei para recolher as roupas que cairam. Lhe lancei um olhar assassino e sai correndo.
Tudo o que eu queria naquele instante era chorar.

Haruka

Eu...
Eu deveria ser um idiota. Havia simplesmente ficado quieto e não negado nada do que Jasmine havia dito: eu poderia me colocar em uma situação pior e... e... bem, era tudo verdade.
Assim como idiota, eu era um covarde. Eu não conseguia encarar Takane e lhe dizer o que eu sentia e justiçava isso de varias maneiras possíveis.

E eu gostava dela exatamente que ela era. Eu tinha medo de muda-la caso lhe dissesse tudo o que eu sentia.

Quando ela apareceu, eu fiquei preocupado. O quanto ela poderia ter escutado? A menina estava daquela maneira por algo que eu havia dito? Eu a havia deixado desconfortável?
Até hoje eu não consigo tirar aquele sorriso afetado da mente.

Ela saiu correndo. Eu encarei Takane, impotente.
Naquele instante, eu odiava a mim mesmo.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Seg Out 29, 2012 11:01 pm



Ravyn ouve ela falar, com visível pesar:

- Eu não posso. Ravyn, posso te pedir um favor? Se ele morrer, me impeça de fazer alguma coisa estúpida. Simplesmente cruze o meu coração com uma espada e reze para que eu morra. Esse é o melhor jeito para que ninguém mais sofre por minha causa. Eu... eu quero sorrir Quero sorrir, quero chorar, quero estar do lado dele. Eu gosto muito do Haruka, mas quero dar para ele a sua melhor chance, então...! Então eu não posso destruir a vida dele de novo. Se eu parecesse estar triste porque ele não pode me prometer me encontrar amanhã, ou por causa da condição dele, ele só se esforçaria mais e então...

Ravyn não soube o que responder. Ficou sem reação. Não conseguiria matá-la a sangue frio, sem ela atacá-lo, nem nada. Conhecia-se. Seguiu-a quando ela disse que ia pagar, e ouviu a voz de Jasmine, tão bem quanto Takane. Estancou, vendo a reação da mesma. Trocou um olhar com Jasmine, que logo notou a cagada que tinha cometido. Murmurou um "desculpa", sem voz. E então Takane começou a correr. Imediatamente, o descendente de vampiro reagiu, correndo atrás dela, seguindo-a. Não chegava a emparelhar com ela, mas sabia que ela estava prestes a chorar.

Enquanto isso, a guardiã olha o guardião.

- Desculpa, Haruka... fui completamente idiota, não deveria ter falado aquilo. - Percebe a reação dele, indiferente, apenas olhando sua protegida correr. - Vamos... não se odeie. Não se reprime o amor. Em algum momento, você poderá contar para ela. Talvez ela tenha entendido errado, algo assim. Por favor...

Olhou-o, sentindo-se extremamente culpada.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Takane Shion Ter Out 30, 2012 11:28 am







Takane

Os meus pés me guiavam para onde bem entendiam. O labirinto de vidro dava voltas e mais voltas e, diferente da loja, estava bem cheio. Eu me misturava com a multidão e desaparecia rapidamente, procurando um lugar para me esconder.

Aquela era a minha maneira de lidar com a tristeza. Eu era uma criatura inumana, incapaz de chorar. A vantagem de pensar naquilo é que eu não compreendia e, quanto menos eu entendia, mais irritada eu ficava. A tristeza foi substituída pela irritação.
E o que sobrou foi um sentimento interminável de isolação. Eu sentia falta daquele calor febril ao meu lado.

Quando eu não aguentei mais e cai de joelhos, eu estava na frente de uma loja velha como as demais, porém muito pouco movimentada. Diria até deserta.
Parecia que... parecia que eu era a única que conseguia vê-la.

Das janelas escuras e aparência empoeirada, eu sentia como se algo naquele lugar exercesse uma atração magnética. Ignorada por todos ao meu redor, eu abri a porta. Um sino tocou em algum lugar.

Era uma livraria, velha e cheia de livros. Eu não me assustaria de encontrar alguma coisa datada de encontrar alguma coisa datada do século passado ali.

Quando jurava estar sozinha, uma voz veio atrás de mim.

- Ah... uma Princesa da Biblioteca. A muito tempo uma de sua raça não vinha até mim. Mas onde está o seu Guardião? - perguntou a voz. Ela vinha de uma mulher jovem e pequena, quase da minha altura, com rosto atemporal: poderia ter quinze ou vinte anos, eu não saberia dizer. Seus olhos pareciam um caleidoscópio, embora eu soubesse que fosse apenas o efeito da luz e ela tinha cabelos negros.

- Desculpa, eu não tinha intenção de atrapalhar e... como você sabe sobre Haruka? - a minha voz tremula se tornou desconfiada. Eu lhe lancei um olhar suspeito - E eu não sou uma "Princesa da Biblioteca". Eu sou um Lobo Cinzento!

- Percebo... então as condições não foram cumpridas. Você me lembra de Mei.

- Você conheceu a minha mãe?


A bibliotecária deu um risinho e eu levei a minha mão ao bolso, procurando Shinigami Ballad. Um perigo constante de perigo me assombrava: aquele lugar parecia longe de ser seguro.

- Somos velhas amigas - a mulher deu um risinho - Se você é a filha da Mei, então suspeito que você seja a jovem Takane. Mas onde estão os gaviões?

Não haviam gaviões ali. Não havia som. Eu entendi a piadinha com o meu nome.

- Não sou "Takanashi".

- Você por acaso é Yomi?


Novo trocadilho. "Leitura". "Submundo". Lhe lancei um olhar sombrio. "Yomihime": Princesa da Leitura. Ergui a sobrancelha, me perguntando como a mulher sabia tanto sobre a minha língua materna.

- Venha comigo.

Mas não posso deixar de admitir que era interessante. Dando um último olhar a porta atrás de mim, eu segui a mulher.
Até então, eu não havia reparado que ela não olhava diretamente e o que havia acontecido minutos atrás estava distante, como um sonho.

Haruka

- Desculpa, Haruka... fui completamente idiota, não deveria ter falado aquilo.

- Não, está tudo bem... -
a minha cabeça estava atolada de coisas demais para que eu pensasse claramente. Eu sabia bem da audição inumana de Takane: eu não tinha muita certeza de quanto ela havia escutado.

- Vamos... não se odeie. Não se reprime o amor. Em algum momento, você poderá contar para ela. Talvez ela tenha entendido errado, algo assim. Por favor...

- Eu gostaria de ter coragem -
dei um riso amargo. A minha única qualidade era de ser estupidamente positivo, mas nem isso funcionaria agora. Eu queria me jogar em um buraco - O que me assusta é que ela pode ter entendido certo e estar receosa por causa disso. Takane não tem sentimentos que são como os meus ou os seus: nós dois somos humanos, mas ela é o mais próximo que um descendente pode chegar do seu ancestral monstruoso: ela é quase uma reencarnação. Em poucas palavras, o sangue monstruoso é tão forte nela que ela é basicamente um semi-monstro.

Pessoas podem nascer com um estoque inesgotável de poder ou serem estupidamente talentosas em controla-lo. Ainda existem aqueles que se esforçam muito e se sobressaem entre os demais.
Normalmente, uma pessoa tem apenas uma dessas características, mas Takane é uma idiota. Ela é extremamente poderosa e extremamente talentosa e se esforça em tudo o que faz. Ela é um verdadeiro gênio.


Eu não falava aquelas coisas de Takane por mal. Na realidade, aquilo era um elogio. Mas Takane era diferente de mim e de Jasmine.
E assim como eu, ela era uma atriz fazendo o papel de uma pessoa normal.

- Eu... eu vou atrás dela.

Disparei pela galeria, levando consigo apenas o embrulho da tornozeleira.



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Mensagem por Ravyn S. Gwaed Ter Out 30, 2012 6:04 pm



Ravyn corria muito, tentando alcançar Takane. Não sabia qual era sua ascendência, mas, se estivessem em um campo vazio (e, de preferência, o rapaz transformado, mesmo que parcialmente, em vampiro), tinha certeza de que alcançaria ela. Mas não era o caso: estavam no meio de uma multidão que parecia infindável.

Perdia a menina várias vezes. Mas logo depois encontrava-a novamente, e punha-se a correr atrás dela mais uma vez, para perdê-la de novo e continuar o circulo.

Finalmente, uma vez que encontrou-a, viu-a entrar em livraria. Estancou. Não sentia nada bom vindo dali. Imediatamente sacou o celular e ligou para Jasmine, com a outra mão no bolso, segurando seu emblema, nervosamente.

Enquanto o descrito acontecia, a guardiã ouviu a resposta do guardião. E, quando ele foi correr atrás dela, correu atrás. Não tinha muitas dificuldades, mas já estava com um mal pressentimento. Pegou seu bloco de notas que virava seu livro de magia, segurando-o na mão esquerda. Então ouviu o celular tocar no seu bolso, que estava também com a carteira dentro.

Atendeu, ainda correndo, sem ver quem era.

- Alô?

- Jasmine, venha na frente da livraria. Takane entrou lá. Não tenho um bom pressentimento quanto a ali.

E ele desligou. Seu coração bateu mais forte. Chegou em Haruka e forçou-o a ir com ela, alegando saber onde estava Takane. Chegou e parou ali na frente. Ravyn explicou para ambos:

- Takane entrou aí. Não consegui ver o que se passa ali dentro, tem muitos livros na vitrine. Mas não acho que seja algo bom. - Ele e sua guardiã olharam para Haruka, esperando sua opinião. Afinal era sua protegida ali dentro.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Takane Shion Ter Out 30, 2012 6:52 pm







Takane

- Azami, quantas vezes eu tenho que te falar que... - o homem gelou. Eu o observava, sem conseguir me mexer. Ele me encarou e eu encarei ele. Tateyama-sensei apontou para mim e gritou - AZAMI! O QUE ISSO SIGNIFICA?

- VOCÊ! -
um pensamento assassino me preenchia enquanto eu ia em direção ao meu antigo professor. Meus olhos eram frios - Você! Como você ousa... Ayano... Ayano...

- Certo, certo. Fiquem calmos por favor -
pediu a mulher/menina. Eu já havia deduzido que ela se chamava Azami. Eu dei um último olhar de desprezo ao professor - Vejo que já se conhecem. Muito bem, Kenjirou... essa menina tem apresentados "olhos" interessantes nos últimos tempos.

- Hm? Você não tinha aquela "doença"? -
perguntou Tateyama, subitamente interessado. Eu não estava em condições de sacar armas no momento, mas o mataria com unhas e dentes se fosse necessário. Azami conteve o meu avanço.

- Ela não é uma candidata interessante? - ela tinha um sorriso sinistro no rosto. Eu esperei aquela voz contestar alguma coisa inapropriada para o momento, mas alguma coisa estava faltando.
"Ele" não estava ali.

- Candidata para que? - eu teria dificuldades em derrubar Tateyama, então miraria em Azami que parecia ser a mais fraca. Se ela fosse do meu tipo físico e com força equivalente, estaríamos equilibradas e eu conseguiria vencer se trapaceasse.

- Você tem a mesma "Fonte da Sabedoria" que a menininha de Blois dentro de si - ela pegou a minha mão violentamente e expôs uma cicatriz que era facilmente confundida com a dobra do pulso se você não prestasse atenção - Além de várias cicatrizes em sua alma. Você é a candidata perfeita para a bibliotecária da Biblioteca Mistica.

Qual era o problema com aquela força? Ela era inumana. Por mais sutis que fossem os meus esforços para me libertar, Azami me agarrava pelo pulso, incapacitando os meus movimentos.

- Você é uma péssima mentirosa, Azami.

- Ah... eu gostaria de brincar com a nossa garotinha por um instante -
ela parecia chateada. Com a mão livre, ela acariciou o meu rosto. Me contrai - Seria mais divertido ver Kageko ou Kagerou fazendo isso, mas...

Com violência, fui atirada contra a parede. A mão de Azami me levantou e começou a me estrangular. Fechei os olhos instintivamente, uma suspeita crescendo dentro de mim.
A minha mente clamava desesperadamente...

- HARUKA!

Haruka

- Takane?

- Takane entrou aí. Não consegui ver o que se passa ali dentro, tem muitos livros na vitrine. Mas não acho que seja algo bom -
explicou Ravyn. Uma livraria. Takane odiava livrarias: na realidade, ela quase não tocava em livros. Coloquei a mão na testa, tentando pensar.

- Droga... Jasmine, confirme para mim: se isso for magia, acho que posso anula-la. Veja as regras do feitiço para mim. Se houver uma restrição por pessoa, estaremos com problemas, mas se for por peso eu posso fazer alguma coisa... - arregacei a manga. Provavelmente teríamos problemas com pessoas ali, então teria que me contentar com Harusame naquela forma.

Basicamente, eu odiaria ter que invadir aquele lugar se a restrição fosse por pessoa: quaisquer objetos externos, inclusive roupas, seriam barrados naquele caso. Se fosse por peso ou por massa, eu poderia fazer alguma coisa: barrava a quantidade que entrava, mas não da que saia. Se sobrasse pouco mais de uma grama, eu poderia me infiltrar lá dentro.

Na realidade, eu tentaria entrar a força se algo não tivesse chamado a minha atenção. Arregalei os olhos e me virei para Ravyn.

- Escutou isso?

Ele respondeu que não, mas eu não estava convencido. Franzi a testa.

- Jasmine... alguma magia de ilusão ou de invisibilidade?

Se demorasse demais a descobrir, eu quebraria aquela porta.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Qua Out 31, 2012 11:03 pm



Guardiã e protegido ouviram Haruka falar:

- Droga... Jasmine, confirme para mim: se isso for magia, acho que posso anula-la. Veja as regras do feitiço para mim. Se houver uma restrição por pessoa, estaremos com problemas, mas se for por peso eu posso fazer alguma coisa...

Jasmine pegou o bloco de notas e transformou-o no seu livro de magia. Rastrear magia, sem interferir na mesma, era algo simples. Pronunciou, em latim, lendo o feitiço do livro:

- Revelare magicae! - Ela viu o que era ali. Verbalizou para o grupo, em voz baixa: - Apenas quem tem ascendência de algum monstro vê essa livraria. Por isso estamos vendo ela deserta, mesmo com toda essa movimentação aqui fora. Portanto, magia de invisibilidade... de resto, acho que mais nada. Apenas detectou magia dentro, mas não consigo definir quem a faz, ou quantos há lá dentro.

Então Haruka arregalou os olhos e perguntou para Ravyn se tinha ouvido algo. Com a negativa, ele perguntou para a descendente de bruxos:

- Jasmine... alguma magia de ilusão ou de invisibilidade?

Ela entendeu que ele estava para entrar. O descendente de vampiros também, tanto que já segurava, pronto para puxar, o emblema dentro do bolso. A mulher respondeu:

- Apenas a da invisibilidade para os humanos. Essa porta realmente existe, essa loja realmente existe. É como se ela fosse... um sonho. Não sei que sensação teremos lá dentro, ou o que verão quando entrarmos. Mas temos que tomar cuidado, quem quer que esteja ali dentro, tem poder.

Ambos esperaram o que Haruka faria para agir.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Takane Shion Qui Nov 01, 2012 11:46 am







Takane

Meus olhos já viram muitas mortes, nenhuma que me comoveu. Isso porquê eu não temia a morte: se eu simplesmente desaparecesse, seria simplesmente mais uma atriz que sumiria daquele teatro com tantas outras substitutas.

Mas...

Graças a você, eu quero viver!


- Vamos, garotinha. Abra os seus olhos - ronronou Azami. A sua voz era doce, como a de uma mãe conversando com um filho, ou pelo menos eu achava que deveria ser aquela a sensação. Tudo que eu sabia sobre família vinha dos livros que eu lia - Você não tem mais nenhum lugar para retornar, não é? Abra os seus olhos.

- É mentira! -
tentei responder. As suas últimas palavras tinham soado frias. O medo me dominava e pela primeira vez, entendi o que era estar completamente apavorada, temendo por sua vida - Haruka... Haruka... Por causa de Haruka... eu sei que tenho um lugar para chamar de lar!

- Mas ele não te trocou por outra?

Na surpresa, quase abri os olhos. Como ela... como ela... ?
Aquele sentimento me invadiu novamente. Então era verdade? Ah, então... então não havia lugar para mim?

IDIOTA!

Eu simplesmente escutei aquela voz na minha cabeça. Gelei e mantive os meus olhos fechados.

Se é isto, tudo aquilo significou nada?


Mas...

Aquele garoto se importa com você
, ela me afirmou. Eu cerrei o punho. Você tem coisas para dizer, não é?

Embora, naquele momento, eu não soubesse quais elas eram. Uma lagrima percorreu o meu rosto, mas eu não abriria os olhos.

- Está tudo bem - murmurei, baixinho. Pela primeira vez, percebi que a minha respiração estava difícil - Eu... eu não compreendo o sentido disso, mas... seremos amigos e... e se o problema for que eu não posso mais vê-lo por causa dessa garota... eu o farei se apaixonar por mim!

A minha garganta foi solta e, debilmente, cai no chão. Um som de gargalhada foi a primeira coisa que chegou aos meus ouvidos.

- Você não poderia ter escolhido alguém mais interessante! - Tateyama parecia não estar se aguentando em pé - Como esperado de um Lobo ou de uma Deusa... pode ter todo o conhecimento do mundo, mas não consegue entender os sentimentos humanos!

- De qualquer maneira, isso significa que você passou -
respondeu Azami, obviamente desapontada - Abra os seus olhos. Não usarei o "contato visual" com você.

Não parecia agressiva, então... eu abri os olhos e passei a mão no rosto, percebendo que estava chorando.

- Você não entende nada, mas ainda assim quer viver - comentou a Medusa. Ela também estava rindo - Você seria uma "boneca" perfeita, mas não estamos aqui para isso. Estamos interessados na sua "doença".

Síndrome Negra, traduzi automaticamente. Tateyama era um cientista genial, eu sabia disso: ele havia abandonado a carreira por causa de sua filha. Se ele tinha a ajuda de alguém com conhecimento mistico, ele era invencível.
Talvez ele inclusive conseguisse driblar a morte. Existe um consenso: você é incapaz de morrer enquanto está "acelerado". Enquanto a síndrome persistir, aumentando a capacidade de percepção do seu cérebro, a consciência ainda existe.

Havia algo muito mais obscuro por trás daquilo tudo, mas eu não pensava em nada disso.

- Então quer dizer que eu serei o "experimento" de vocês - murmurei, compreendendo tudo - Sim, claro. Mas quero uma coisa em troca.

Haruka

- Eu não entendo muito bem a magia das bruxas. Conheço um pouco de Onmyodo e de magias usadas por outras especies, mas... - fiz um gesto vago. Toda a magia que eu conhecida era a que era conhecida pelos clãs Kokonose e Enomoto, além de algumas outras famílias e escolas tradicionais que geralmente ensinavam humanos normais - Conhece alguma magia semelhante a da loja, para usa-la em nós? Não precisa ser invisibilidade... apenas que ignorem nossa presença.

Aguardei a resposta da menina e suspirei.

- Certo, faça o melhor que conseguir... Ravyn, você é praticante de Onmyodo, pelo que fiquei sabendo. Invoque o seu shikigami, por favor? Apenas para que você e a Jasmine consigam dar o fora daqui caso a coisa fique muito ruim. Takane é a minha responsabilidade, não posso arrastar outro aluno para isso.

Tecnicamente, eu também era um aluno, mas...

Uma pétala de flor criada por Harusame encostou de leve na maçaneta. Houve um pequeno chiado e uma explosão que era grande o suficiente para dilacerar a mão de alguém.
As pessoas normais simplesmente ignoraram.
Ceeeeeeeeeeeeeertooooooooooooooooooooooo...

- Jasmine... você olhou esses feitiços direito? Eu realmente não quero que algo daquele tipo aconteça com a gente.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Sáb Nov 03, 2012 12:46 am



Guardiã e protegido ouviram Haruka falar:

- Eu não entendo muito bem a magia das bruxas. Conheço um pouco de Onmyodo e de magias usadas por outras especies, mas... Conhece alguma magia semelhante a da loja, para usa-la em nós? Não precisa ser invisibilidade... apenas que ignorem nossa presença.

Jasmine respondeu, simplesmente:

- Não tenho, seria uma magia mais poderosa do que eu poderia alcançar.

Ravyn ouviu a orientação de Haruka. Mas negou.

- Não invocarei agora, o meu é um leão. Chamaria atenção demais. Invocarei lá dentro.

Então ambos viram o teste da pétala, e deram um salto com o resultado. Ouviram o guardião:

- Jasmine... você olhou esses feitiços direito? Eu realmente não quero que algo daquele tipo aconteça com a gente.

Dessa vez a descendente de bruxos riu.

- Não tem como eu desfazer a magia da maçaneta. Mas tem um jeito mais fácil. - Disse, então, em latim, lendo no livro, enquanto fazia o gesto de "puxar" com a mão livre para a porta: - Aperto ostio! - A porta imediatamente abriu e ela sorriu. Falou: - No momento que entrarmos, ficaremos invisível para os humanos também, até sairmos. Primeiro o guardião de quem está lá dentro.

O descendente de vampiro já tirou seu Emblema de dentro do bolso. Os dois entraram atrás de Haruka, a porta fechando-se atrás deles. Ravyn ainda não invocou seu shikigami, mas já com o indicador tocando na ponta de seu canino. Assim que precisasse, pressionaria-o contra a ponta, produzindo um furo bem pouco profundo, mas suficiente para conseguir uma gota de sangue.



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Mensagem por Takane Shion Sáb Nov 03, 2012 1:18 pm








Takane

- O garoto? - Azami perguntou. O que era aquela expressão? Surpresa? Desprezo? Eu não saberia dizer, mas o repolho humano, também conhecido como Kenjirou Tateyama, estava sério - Você tem certeza disso?

- Sim, absoluta -
eu brinquei com Shinigami, sem ter nada para fazer - Sinceramente, eu não saberia o que fazer caso alguma coisa acontecesse.

- Você não vai se arrepender?

- Não -
de alguma forma, eu disse aquilo com um sorriso. Eu estava triste, então por que estava rindo?

Azami também sorriu, como se entendesse a minha situação. Também era um sorriso triste e que existia perante o conflito das suas emoções.

- Tudo bem. Você pode ir agora. Mas o nosso encontro não deveria acontecer agora. Apagarei as suas memórias, caso contrario... haverão algumas consequências desagradáveis - ela disse. Obviamente, a Medusa estava preocupada com alguma coisa. Fiz que sim com a cabeça e senti uma picada, parecida com a de uma cobra, no meu pescoço.

- Só isso? - perguntei, um pouco confusa. Azami riu um pouco.

- É como todos os outros venenos - ela explicou, afastando os cabelos negros do rosto - Demora um pouco para fazer efeito. Mas estou curiosa... por que você aceitou tão facilmente?

- Porque ninguém aqui está perfeitamente bem, eu acho -
comentei, distraída. Como eu havia chegado ali mesmo? - E mesmo que não tenhamos os mesmos objetivos, os meios são os mesmos.

Azami se levantou, irritada. Eu havia feito alguma coisa?
Não... ela não estava irritada. Algum tipo de energia voraz e furiosa queimava em seus olhos, mas ela não estava irritada. Ela estava empolgada.

- Vamos, Kenjirou - ela disse, saindo da sala por uma porta lateral, junto com o meu antigo professor. Eu me lembrava ligeiramente do interior da loja e planejava voltar pelo mesmo caminho.

O meu corpo gelou quando eu encostei na maçaneta.
Algo parecido com uma descarga elétrica percorreu o meu corpo.
De certa forma, eu ainda estava consciente, mas respirando rara e rapidamente. Eu não conseguia mexer o meu corpo.

Dentre todas as horas para ter um ataque, por que agora?

Haruka

- Impressionante! - comentei, dando um sorriso - Realmente, a magia das bruxas é algo diferente. Você é incrível, Jasmine!

Esperei o soco. Então me lembrei que eu não estava conversando com Takane, mas com Jaz. A primeira vez que eu chamará Takane de "incrível"... bem, era por causa do seu titulo de "Seikou no Maihime" Ene, em um jogo chamado "Kill Ballad".
Eu preferia pensar naquilo como "Flash Dancer", mas se formos olhar pelo sentido literal... bem, não há uma tradução elegante.

- Hey, eu sou o responsável pela Ta-chan. Se vocês quiserem ficar por aqui, eu realmente não os culpo. Aproveitem as compras, acho que consigo lidar das coisas a partir daqui sozinho.

Na realidade, eu não tinha muita certeza disso. Se Takane estava com problemas sérios, eu duvidava se conseguiria ajudar muito. Na realidade, sempre que treinávamos acabava em empate.

- Primeiro o guardião de quem está lá dentro - Jasmine disse. Eu olhei para a porta nervoso e entrei.

De certa forma, o que acontecerá antes como a fuga de Takane ou as nossas compras ficaram estranhamente nebulosos. Eu só conseguiria pensar no meu objetivo, achar a menina.
Eu vi uma silhueta escondida entre as estantes.

- Ah, Ta-chan! Então ai está v...

- Ela vai morrer -
foi o primeiro comentário que eu escutei. O tom da voz era completamente diferente. Não havia a tristeza ou o mal-humor habitual. Apenas uma indiferença ao falar comigo e uma tristeza diferente.
Aquela não era Takane. Os cabelos negros e olhos ambares eram os mesmos, até a constituição que lembrava a de uma criança, mas de certa forma... alguma coisa estava diferente.

- Se ela morrer, juro que te mato - a pseudo-Takane me alertou. Havia um brilho assassino no seu olhar - Juro que te mato, mesmo que seja a última coisa que eu faça. Ande logo, vá até ela!

A menina apontou para uma porta que havia no final da sala, perdida entre tantas estantes.
Depois de um instante de confusão, corri até lá.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Dom Nov 04, 2012 10:02 pm



Jasmine ouviu-o elogiar:

- Impressionante! Realmente, a magia das bruxas é algo diferente. Você é incrível, Jasmine! Hey, eu sou o responsável pela Ta-chan. Se vocês quiserem ficar por aqui, eu realmente não os culpo. Aproveitem as compras, acho que consigo lidar das coisas a partir daqui sozinho.

Riu da bobagem dele quanto a magia. Mas ela e Ravyn continuaram impassíveis quanto a ajudar ele. Entraram atrás dele e viram Takane. A guardiã estremeceu, sabia que não era ela. Ela interrompeu Haruka e falou:

- Ela vai morrer.

Ravyn ouviu a orientação de Haruka. Mas negou.

- Se ela morrer, juro que te mato. Juro que te mato, mesmo que seja a última coisa que eu faça. Ande logo, vá até ela!

Viram ela apontar para uma porta e, imediatamente, Haruka sair correndo. Jasmine olhou para Ravyn, e ele assentiu. Tirou o emblema shikigami do bolso, segurando-o numa mão. Levou a outra mão à boca, pressionando um indicador contra um de seus caninos, naturalmente mais pontudo. Sentiu a pele sendo penetrada como que por um alfinete, e tirou a mão da boca, pressionando o indicador furado contra o emblema. Entoou:

- Manqui, minha shikigami, apareça!

Então, como num passe de mágica, Manqui apareceu ao seu lado, na sua forma de leoa. Deu um rugido. O descendente de vampiro guardou o emblema e acariciou com a mão com a qual segurava-o a sua juba, enquanto pressionava o dedo furado contra a camisa, até parar de sangrar.

Os três correram para a porta onde Haruka havia entrado. Ravyn estava nervoso, seria a primeira situação de risco direta que estava sofrendo.



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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Takane Shion Seg Nov 05, 2012 8:06 am








Takane

Uma pessoa fria ao toque.
Uma mão quente.

Meu corpo se recusava terminantemente a se mexer e me obedecer. Uma luz vinha da porta parcialmente aberta e incomodava um pouco o olhar.

Eu estava em alguma barreira entre o consciente e o inconsciente. De certa forma, eu ainda tinha ciência do que acontecia ao meu redor, mas tudo parecia confuso e incoerente... não conseguia prestar atenção e gravar as cenas em minha memoria.

Uma pessoa gritando.
Uma pessoa chorando.
Antes ou depois?

Percebi tarde demais que na moldura da porta, havia alguém que não deveria estar lá. A sua sombra lançava um descanso tranquilo sobre o meu rosto. Eu queria sorrir, mas isso estava fora do meu alcance.

Haruka tocou de leve o meu rosto. Seu calor febril me consolava, mas ele parecia preocupado. Por um segundo, tive a impressão de estar sem peso.

Quando o menino me ergueu, normalmente eu teria chutado e gritado, perguntando onde ele estava tocando. Agora eu só conseguia sentir uma interminável sensação de alivio.
Eu não estava sozinha.

- Ha...

- Durma mais um pouco.



Eu acordei, desconfortável.
Levantei o olhar e percebi que eu segurava uma mão, uma mão mais fria que a minha naquele momento. Ela estava sutilmente apoiada em uma cama com lençóis brancos, um leito de hospital. Ousei levar os meus olhos até o rosto e aquilo me doeu o coração.

Haruka inconsciente. Seus olhos fechados. O seu peito descia e subia com dificuldade, a sua respiração ajudada por aparelhos.
Com a mão livre, eu tampei a boca para não gritar. Lagrimas invadiram os meus olhos e quando eu segurei com força a mão dele, já estava chorando.

- Haruka!

- Droga! Droga! Droga! Não me preocupe mais assim, Takane!


Os meus cabelos estavam sendo sutilmente afagados. Um ligeiro pinicar no meu pulso informava que havia uma bolsa de soro ligada ao meu corpo. Haruka me abraçava com delicadeza, como se eu fosse uma boneca e pudesse me quebrar facilmente.

Meus braços estavam levantados levemente, eu ainda estava chocada com a minha posição. O menino estava bem. A pessoa deitada na cama de hospital era eu.
Então por que eu estava tão preocupada?

Coloquei levemente as minhas mãos sobre as costas do menino. Ficamos ali, abraçados, por um tempo indefinido.
Então ele se sentou na cadeira onde estava. Ainda segurava com gentileza a minha mão, como se tivesse medo que eu fosse feita de vento e logo desaparecesse.

- Você ficou morta... por uns dois minutos - ele disse, a voz preocupada. Era possível ver que os olhos de Haruka estavam vermelhos. A sua respiração estava estranha, como se ele estivesse chorando - Tipo, sem batimentos cardíacos. Eu pensei... eu pensei que...

- Hey, foi só um ataque. Está tudo bem, afinal...

- Não diga que está tudo bem! -
ele me censurou. O seu olhar era reprovador, triste e preocupado - Você nunca teve nada tão sério! E se a sua "doença" estiver piorando?

- Então se você morrer, não tem problema? -
eu estava realmente irritada. Certo, ele ficava preocupado pelo primeiro ataque que eu tinha em meses, mas eu não podia ficar preocupada com ele quando os órgãos dele falham? De quando ele é internado e fica dias inconsciente? De quando ele passa meses no hospital para se recuperar? - Haruka, seu idiota!

Droga. E agora eu estava chorando.



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Mensagem por Ravyn S. Gwaed Sex Nov 09, 2012 1:36 pm



Ravyn e Jasmine chegaram quando Haruka dizia para Takane:

- Durma mais um pouco.

A cena era poética até certo ponto. A menina no chão, desmaiando, e o seu guardião ali, amparando-a. Ele pegou ela no colo e andou, seguido dos dois, para fora da loja. A shinigami de Ravyn desapareceu. Para o alívio dele, não precisara usá-la. Chegando lá fora, ligaram para uma ambulância.

Alguns minutos após, estavam em um hospital da região. Takane fora encamada. Haruka ficava o tempo todo ao lado do leito dela, enquanto Ravyn e Jasmine estavam sentados em duas poltronas na sala dela. A porta fechada, Takane já fora de risco, a descendente de bruxos pegou seu livro novamente e começou a entoar um feitiço para que ela melhorasse. Mas logo parou, assustada. Aquela "doença" era forte demais, não conseguia fazer nada. Fechou o livro, decepcionada.

Pouco tempo após, a menina acordou. Ouviram o diálogo entre os dois, sem se intrometer nem sequer darem sinal de presença. Olharam um para o outro, e voltaram a olhar para os outros dois. Discutiam feio. Mas não se intrometeriam, acabaria sobrando para eles.



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Mensagem por Takane Shion Sex Nov 09, 2012 2:28 pm




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They are wearing: [Apenas Administradores podem visualizar links] | Time: 19:45/07:18 | Notes: BEACH TIME!
- Sim, eu sou um idiota - Haruka comentou, baixinho, de forma que apenas eu pudesse escutar. Na realidade, eu duvidava que qualquer outro humano aquela distancia pudesse escutar algo, mas ouvidos de lobos eram muito bons.

Esfreguei sem jeito as lagrimas.

- Agora, vai me dizer o que aconteceu ou não? E... Ah!

Eu meio que tampei meu rosto com o cobertor, espanquei Haruka e me escondi atrás dele. Tudo ao mesmo tempo.

- Ah, é mesmo. Eu não sei se você se lembra deles, mas o Ravyn e a Jasmine vieram aqui para te ver!

- Meus lapsos não são tão ruins assim! -
critiquei o menino, mas eu estava tão vermelha e tão nervosa que a minha voz não saiu tão irritada quanto eu gostaria - É claro que eu me lembro deles e...

- Takane, você está com frio?


Bati em Haruka, ainda muito corada. Então eu percebi duas coisas: meu corpo estava fraco, mesmo que eu me sentisse perfeitamente bem, e as palavras do menino eram verdade.

- Desculpa! É que você estava toda arrepiada e...

- Então faça algo a respeito, seu idiota! -
eu estava com muita vergonha, além do fato que eu precisava conversar com Ravyn e Jasmine. Eu percebi com diversão que o menino também estava corando - Deve ter uma loja de roupas ou de conveniência por aqui, não é?

- Ah, é mesmo... Com licença, por favor.

Eu observei Haruka sair e então me voltei para os dois visitantes. Meu rosto estava inexpressivo, como uma mascara.

- Quem são... vocês?


Those who are no more exist


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Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn Empty Re: Ministry of the Occult • Aventura de Takane e Ravyn

Mensagem por Ravyn S. Gwaed Ter Nov 13, 2012 12:32 am



Ravyn e Jasmine olhavam ora para Haruka ora para Takane. Os olhares para Takane, por mais que tentassem não ser indiscretos, eram mais demorados. Afinal, viram-na morta por dois minutos. Dois longos minutos de tensão, sem ela reagir a nada que faziam. Isso não era algo que se via todos os dias.

Acordaram do flashback dos momentos mortos da menina quando o guardião disse:

- Ah, é mesmo. Eu não sei se você se lembra deles, mas o Ravyn e a Jasmine vieram aqui para te ver!

O descendente de vampiros abriu a boca para falar, mas eles começaram a discutir novamente, sobre ela estar com frio ou não. As palavras finais da menina eram óbvias: queria conversar à sós com eles dois.

Assim que Haruka saiu do quarto, olharam para Takane, ouvindo-a falar:

- Quem são... vocês?

Então ela fingira lembrar-se deles. Ravyn escolheu bem as palavras antes de falar, baixo, para só quem estava no quarto ouvir, não os humanos fora:

- Somos Ravyn Ryan Ollicourt e Jasmine Russell Madron. Frequentamos a Hazama Academy, assim com você. Jasmine é minha guardiã. Eu sou bisneto de um vampiro, e ela bisneta de uma bruxa. - Respirou. - Encontramos você desmaiada em uma livraria, sem o menor sentido. Trouxemos você para cá. Mas antes disso, estávamos numa loja, você comprando um biq... maiô, eu e você conversamos e tudo.

Parou de falar, esperando a reação da interlocutora. O que demorou um pouco mais que o esperado, porque uma enfermeira entrou ali, verificou o estado da paciente, recomendou que ela se agasalhasse melhor, e saiu. Só então Takane poderia falar.



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Mensagem por Takane Shion Ter Nov 13, 2012 4:04 pm




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- Sua condição está estável, mas você terá que ficar algumas semanas de observação...

- Sim.

- Continuaremos com o medicamento durante um mês depois da sua alta...

- Sim.

- E você deveria se agasalhar melhor. Quer que eu traga mais uma manta?

- Meu amigo foi buscar algo mais quente para eu vestir, mas seria algo bom, sim -
comentei, finalmente encerrando o monologo da enfermeira. Eu vestia somente o traje do hospital, o que me deixava com muito menos roupa que eu normalmente teria coragem de usar em publico. Mesmo assim, estávamos em agosto, por que estava tão frio?

- Deveremos ligar para os seus pais... ?

- Não! -
eu quase gritei aquilo, me exaltando. Ela havia me dito para não me estressar, mas era impossível eu não ficar irritada com a menção daquilo - Quero dizer... não, eu sou uma órfã. Atualmente, a minha tutela está com a Academia Hazama. Creio que Haruka já comunicou os responsáveis por mim.

- Certo. Você quer que eu providencie mais alguma coisa? -
havia alguma coisa errada. A primeira era naquela enfermeira: sempre uma mulher chamada dr. Anisa Downfall era a encarregada pelos meus check-ups, além dos de Haruka. Eu e ele íamos naquele hospital desde que ele abrirá no ano passado, basicamente. Ele tinha que fazer uma série de exames cada mês e eu a cada três meses: meio que todos lá já nos conheciam.

- Sim. Que dia é hoje?

- Quinze de outubro. Com licença.


Com aquele comentário, ela deixou o quarto.
Eu cerrei o punho com força. Eu não sei quem percebeu o que estava errado primeiro, mas Ravyn começou a falar antes que eu fizesse alguma besteira.

- Somos Ravyn Ryan Ollicourt e Jasmine Russell Madron. Frequentamos a Hazama Academy, assim com você. Jasmine é minha guardiã. Eu sou bisneto de um vampiro, e ela bisneta de uma bruxa - ele disse, rapidamente. Então fez uma pausa para respirar - Encontramos você desmaiada em uma livraria, sem o menor sentido. Trouxemos você para cá. Mas antes disso, estávamos numa loja, você comprando um biq... maiô, eu e você conversamos e tudo.

- Enomoto Takane, Shinigami. Sou uma meio-sangue filha de Shion Mei, a Shinigami da Primavera e Enomoto Yukio, senhor do clã Enomoto. E eu não conheço vocês -
disse, no tom mais formal que pude. Eu estava fazendo aquilo de novo, me escondendo - Além disso, eu não me lembro de nada. Isso está errado. Não podemos estar em outubro! Estamos em agosto! Ontem eu recebi uma carta da minha avó! Amanhã será o meu exame de aptidão para eu me tornar uma manipuladora de foices! E Haruka... Haruka... como ele... ?

A última crise grave dele foi há uns dois meses atrás... seus pulmões pararam de funcionar... ele ficou um mês no hospital depois disso...

Mas eu não me lembrava de ter dito aquilo para Ravyn.

=/=


Haruka estava voltando para o quarto de Takane com uma sacola em cada mão. A da direita era o suéter que havia comprado para ela na loja de conveniência do hospital, a da esquerda pertences pessoais dela que ele conseguirá recuperar. A menina não estava usando nada de particularmente importante quando tivera o ataque, mas ele pegará quase tudo de volta de qualquer maneira.

Ele parou apenas para comprar um refrigerante para os quatro quando tudo pelo o que Haruka e o filhote de lobo lutavam mudou. A raposa escutou apenas uma palavra solta da conversa, e isso foi o suficiente para ele aguçar os ouvidos e escutar com atenção.

- Os Enomoto... - ele estava em uma sala de espera basicamente vazia, fora ele e três outros homens. Talvez as pessoas que iam visitar os internos aguardassem ali, ou coisa parecida.

- Fale mais baixo! - censurou o segundo - A Academia de Ciências...

- Mas há apenas o garoto ali. Não poderia...

- Ele pode ser um espião. Podem haver escutas e... -
retrucou um terceiro. Haruka não escutou o resto da frase dele por causa da lata que caiu ruidosamente da maquina. Ele emitiu um som baixo com a garganta, parecido com um regougar.

- De qualquer maneira, a garota Enomoto... ela apresenta alguma ameaça para o Ministério do Ocultismo?
Takane, o menino traduziu automaticamente. Ele colocou mais uma nota na maquina, mas deixou algumas moedas caírem de proposito para poder se demorar mais lai.

- Não sabemos, mas enquanto Enomoto estiver agindo igual aos seus antepassados, nada temos a temer.

- Porém a garotinha...

- Talvez virará a senhora do clã e então estaremos em perigo -
comentou o homem que havia comentado sobre o pai de Takane. Haruka pegou a moeda e se levantou - Mas por enquanto ela é uma inimiga e um instrumento para o bastardo do Yukio ganhar mais poder. Se ele for tão ambicioso assim...

Murmúrios indistintos, mas então houve uma alta gargalhada e o guardião comprou dois refrigerantes rapidamente, antes que eles voltassem a conversar, os colocando junto com o primeiro na sacola com o suéter.

- Um casamento político? Conhecemos Yukio, mas forçar a própria filha a uma coisa dessas não é... ?

O quarto refrigerante que Haruka havia comprado e agora segurava caiu no chão. Os olhares se voltaram para ele.

- Ah, desculpa - ele se forçou um sorriso, pegando a lata no chão e dando ombros - Eu sou tão desastrado...

- Tanto faz! Vá embora logo! -
disse o primeiro homem. O menino deu uma risada e abriu o refrigerante.
Assim que ele sumiu da vista deles, correu para o quarto onde estava internada Takane.


Those who are no more exist


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Takane Shion
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